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Trump defende o fichamento dos muçulmanos nos EUA

O magnata também defende a proibição da entrada de muçulmanos nos Estados Unidos e a vigilância de mesquitas, propostas criticadas por seus colegas republicanos

O virtual candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, afirmou neste domingo que os Estados Unidos deveriam considerar “seriamente” o fichamento de muçulmanos no país. “Nós realmente precisamos considerar o fichamento”, disse Trump em entrevista à rede de televisão CBS. “Não é a pior coisa a ser feita”.

Os comentários sobre o fichamento somam-se as outras propostas de Trump para combater o terrorismo no país. O bilionário já propôs um banimento temporário da entrada de muçulmanos no país até que “se entenda o que está acontecendo”. Tanto o fichamento como a proibição da entrada nos EUA violam direitos civis e precisariam de alterações nas leis para vigorarem. O magnata retomou sua retórica contra os muçulmanos após o atentado à boate Pulse, em Orlando, conduzido por Omar Mateen, um cidadão americano filho de afegãos.

Trump também disse que o governo deveria investigar mesquitas nos Estados Unidos. A investida do republicano contra os muçulmanos nos Estados Unidos é excepcional para um candidato à Presidência do país. As propostas de Trump têm sido minimizadas ou criticadas por muitos líderes republicanos, incluindo o presidente da Câmara dos Deputados, Paul Ryan.

Uma pesquisa feita pelo instituto GfK e a agência de notícias Associated Press entre 31 de março e 4 de abril mostra que 49% dos americanos são a favor de programas de monitoramento de comunidades muçulmanas no país como parte da ação antiterrorista. Outros 47% se disseram contrários à prática. Recentemente, o presidente Barack Obama fez suas mais duras críticas às propostas de Donald Trump. ‘Vamos começar a tratar todos os americanos muçulmanos de forma diferente? Vamos discriminá-los por causa de sua fé? Onde isso vai parar?”, questionou Obama.

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