Por Jovem Pan
A CPTM registrou nesta quinta-feira (02) mais um acidente envolvendo seus trens. Nesta manhã, a maquinista de um trem da Linha 8-Diamante teria tido um mal súbito, batendo em outro trem da composição, que estava parado e sem passageiros.
Seis pessoas ficaram feridas – três com ferimentos leves e outras três retiradas em macas para avaliação médica.
O acidente ocorreu na altura da Estação Barueri e a velocidade de toda a ficou reduzida para o trabalho de resgate de vítimas. A circulação dos trens já foi normalizada.
Dez equipes do corpo de Bombeiros foram ao local para o atendimento dos feridos.
Caso será apurado
O secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Colodaldo Pelissioni, defendeu o sistema de segurança de trens da CPTM e disse em entrevista exclusiva à Jovem Pan que esse “é um caso inédito no sistema”. Ele explica que “quando há um trem parado na estação e o outro próximo, é emitido um sinal de alerta, o outro é reduzido à velocidade de 20 km/h”.
O maquinista teria, então, a distância de 40 metros para frear o trem em segurança. O secretário não confirmou que a maquinista sofreu um mal súbito e disse que o caso será apurado para saber “se houve algum problema de saúde ou foi uma imperícia” da condutora.
Pelissioni avalia que, se ela tivesse desmaiado, o peso de seu corpo seria retirado de mecanismo que fica no pé do maquinista e o sistema de segurança seria acionado automaticamente. Pelas imagens preliminares, o secretário acredita que “ela (maquinista) estava no controle quando (o trem em movimento) chega próximo do trem (parado) e aciona a alavanca manual de freio”, mas tarde demais, não sendo possível evitar a batida.
O secretário diz ainda que “os trens da Linha-8 são os mais novos da CPTM”, adquiridos entre 2010 e 2012. Ele conta que há 1.500 maquinistas habilitados para o trabalho e todos passam por um simulador que projeta todo tipo de ocorrência, além de exames. A maquinista do caso desta quinta passou por “exame médico em janeiro e exame psicológico em dezembro”, segundo Pelissioni.
Será aberto um processo de sindicância para apurar o caso e o secretário espera encontrar respostas em até 10 dias.