Empresa informou que vai apurar circunstâncias em que caso ocorreu. Composição é uma das 32 que fazem parte do sistema do Metrô do DF.
Um trem do Metrô do Distrito Federal amanheceu pichado nesta quinta-feira (18). A composição foi levada para manutenção e às 8h já passava por limpeza para remoção da tinta. A direção do Metrô informou que apura o caso.
O Metrô disse que não tem imagens de segurança que tenham registrado o episódio. A ação ocorreu no Pátio Asa Sul, onde há equipe de vigilância e onde o trem fica ao ar livre. A suspeita é de que o pichador tenha pulado ou cortado a grade para entrar no local.
O sistema funciona com 24 dos 32 trens circulando. Os outros ficam em manutenção preventiva e corretiva. Dois deles estão inoperantes, informou o Metrô.
Greve
Os servidores do Metrô estão em greve desde o dia 14 de junho. Em reunião realizada nesta quarta-feira (17) no Tribunal Superior do Trabalho, a categoria e a direção chegaram a um acordo que pode encerrar a mais longa mobilização dos funcionários do Metrô.
No TST, o Metrô concordou em suspender a entrega do controle da bilheteria ao DFTrans, discutir à parte o desconto dos dias parados e melhoria nas condições de trabalho. Uma comissão formada por integrantes do sindicato e da empresa vai discutir propostas a serem apresentadas à categoria em até 60 dias, prorrogáveis pelo mesmo tempo.
A proposta de acordo será levada uma assembleia dos metroviários marcada para esta quinta-feira (18). Se aprovada, os funcionários podem voltar ao trabalho no sábado. As pendências não acordadas entre as duas partes serão discutidas em dissídio, com a intermediação da Justiça.
Um dos impasses é pagamento das horas não trabalhadas durante a greve. O governador Rodrigo Rollemberg já adiantou que, se depender do governo, não iria efetuar o depósito integral do salário dos grevistas.
Prejuízo
O Metrô estima um prejuízo de R$ 13 milhões na arrecadação com vendas de passagens por causa da greve dos servidores. A empresa também informou que economizou R$ 648,6 mil em gastos com energia elétrica apenas no primeiro mês da paralisação. O Metrô não divulgou um levantamento considerando todo o período da greve.
Outra fonte de arrecadação importante para a companhia é a receita gerada com publicidade veiculada no sistema, estimada em R$ 300 mil mensais. Ao longo da greve, foram R$ 610 mil vindos de anunciantes que deixaram de entrar no caixa da companhia. O Metrô informou que há 18 meses busca fortalecer a marca para atrair novos parceiros e investidores.
Em condições normais, os vagões do metrô operam por 117 horas semanais, enquanto, durante a greve, este período foi reduzido para 39 horas semanais. Isso representa queda de 66,7% no tempo de operação.