Segundo a corporação, 29 suspeitos foram presos e levados a delegacia. Três feridos foram socorridos ao Hospital das Clínicas; um segue internado.
O crime aconteceu na Avenida Doutor Arnaldo, perto da Rua Cardeal Arcoverde, próximo do estádio do Pacaembu, onde aconteceu o jogo. De acordo com a PM, as vítimas caminhavam pela via quando foram abordadas pelo grupo, que estava em um caminhão com instrumentos musicais da organizada.
As três vítimas foram levadas ao pronto-socorro do Hospital das Clínicas. Duas foram liberadas e outra seguia internada. De acordo com a PM, ela estava em estado grave. Os nomes das vítimas e dos presos não foram informados.
Os times jogaram nesta tarde e o Palmeiras venceu por 1 a 0. As duas equipes entraram no estádio unidas e de mãos dadas em protesto contra a violência.
Outras brigas
Antes do jogo, a Guarda Civil de Guarulhos, na Grande São Paulo, prendeu 25 torcedores do Corinthians e do Palmeiras após briga. Com os suspeitos foram apreendidos fogos de artifício e barras de ferro.
Segundo ele, os torcedores também usavam fogos de artifício como arma. “Quando chegamos jogaram alguns em cima das nossas viaturas“, afirmou. “Separamos os torcedores do Corinthians e do Palmeiras e conseguimos deter 25 torcedores. Tanto da torcida do Corinthians quanto da torcida do Palmeiras.”
Um torcedor foi espancado na porta da casa de uma mulher que não quis ter o nome divulgado. “Na hora da briga foi pânico generalizado. O rapaz foi espancado ali, na frente de casa. Não tinha como ajudar”, afirmou.
“Tinha muito rojão, fumaça, não sabia se eram tiros também. Depois, quando acalmou, abri o portão com meu filho e vimos o rapaz vindo todo machucado. Ele pediu socorro. Falou: ‘Moça, pelo amor de Deus, se eles voltarem vão me matar’.”
Os suspeitos foram levados ao 1º Distrito Policial de Guarulhos. Dois deles tiveram de ser encaminhados para um hospital da região por causa de ferimentos. Segundo o inspetor, eles estavam conscientes e foram internados por precaução.
Zona Leste
Mais cedo, em São Miguel Paulista, na Zona Leste de São Paulo, o encontro das torcidas Mancha Alvi Verde, do Palmeiras, e Gaviões da Fiel, do Corinthians, terminou em confusão e deixou um pedestre morto. Segundo a polícia, a vítima passava pela região e não fazia parte de nenhuma torcida.
Cerca de 50 torcedores dos dois times se encontraram na estação São Miguel Paulista da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), na Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra, por volta das 10h20.
Durante a confusão, houve um disparo de arma de fogo, que atingiu o pedestre no coração. A vítima não resistiu aos ferimentos Três torcedores foram presos. Foram apreendidas barras de ferro e pedaços de madeira. O caso será registrado no 63º DP, da Vila Jacuí.
Esse foi o primeiro encontro entre as torcidas após o presidente da Gaviões, Rodrigo de Azevedo Lopes Fonseca, conhecido como Diguinho, e o primeiro-secretário, Cristiano de Morais Souza, o Cris, serem agredidos pelas costas com barras de ferro por pelo menos três pessoas. Na sexta-feira (1º), um suspeito foi preso. O detido é integrante da Mancha.
Estação Brás
Torcedores da Mancha e da Gaviões também se encontraram na estação Brás do Metrô e entraram em confronto no fim da manhã deste domingo.
A circulação dos trens do Metrô foi parcialmente interrompida entre 11h45 e 12h10 na Linha 3- Vermelha. Um trem foi danificado por vândalos. No início da tarde, os trens já circulavam normalmente.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que “as polícias Civil e Militar atenderam três ocorrências de confronto entre torcedores do Corinthians e do Palmeiras neste domingo (3), com 30 presos”. Ainda segundo a pasta, “a Polícia Civil investiga os casos, que aconteceram em São Miguel Paulista, Guarulhos e na estação Brás do Metrô”. “Por causa dos incidentes, o Batalhão de Choque reforçou o policiamento para o clássico entre os dois times.”
Prisão
Um homem foi preso na sexta-feira (1º) suspeito de ter participado da agressão ao presidente e ao primeiro-secretário da Gaviões da Fiel no início de março. O suspeito conhecido como “Menor” é integrante da torcida Mancha Alvi Verde. Na casa dele, polícia encontrou 490 pinos de cocaína, uma balança de precisão e dinheiro. Além de agressão corporal ele vai responder por tráfico de drogas. A polícia procura outros dois suspeitos.
Os dois dirigentes foram agredidos no estacionamento de um supermercado. Eles tinham acabado de sair de uma reunião com o Ministério Público no Fórum da Barra Funda, em São Paulo, para discutir a violência das torcidas organizadas.