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Suásticas aparecem na cidade alemã de Halle um ano após ataque antissemita

Dezenas de grafites foram pintados em diferentes locais da cidade com os nomes das vítimas

O líder da comunidade judaica em Halle Max Privorozki (E) está em frente à sinagoga em Halle, leste da Alemanha, em 09 de outubro de 2020, no primeiro aniversário do ataque anti-semita à sinagoga. – (crédito: Ronny Hartmann / AFP) 

Várias suásticas apareceram pintadas sobre grafites em memória de duas vítimas de uma tentativa de atentando em uma sinagoga da cidade de Halle (leste), cujo primeiro aniversário se completa nesta sexta-feira (9/10) – anunciou a Polícia local.

Dezenas de grafites foram pintados em diferentes locais da cidade com os nomes das vítimas, Jana e Kevin, e com uma frase: “Esquecer jamais”.

Os grafites foram feitos pelo grupo de extrema esquerda Antifa Halle, informou o jornal Bild.

Na quinta-feira, alguns desses grafites foram cobertos por suásticas vermelhas, na noite anterior ao aniversário deste ataque ocorrido em 9 de outubro de 2019.

A polícia de Halle disse à AFP que os símbolos do regime nazista de Adolf Hitler, que são proibidos, serão apagados.

Para relembrar esta tentativa de atentado – cujo suposto autor, Stephan Balliet, está sendo julgado -, várias cerimônias estão programadas para esta sexta em Halle. Uma delas contará com a presença do presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier.

Balliet tentou entrar em 9 de outubro de 2019 em uma sinagoga cheia de fiéis no dia do Yom Kipur (o Dia do Perdão), a maior festa judaica.

Quando não conseguiu forçar a porta sólida do estabelecimento, o atacante matou uma pedestre e depois um jovem.

Diante dos juízes, Balliet considerou que não cometeu nenhum crime.

O ataque foi rápido e fortemente condenado pela chanceler alemã, Angela Merkel. No mesmo dia, ela compareceu à sinagoga de Berlim.

O número de crimes de caráter antissemita, ou islamofóbico, em sua grande maioria cometidos por simpatizantes da extrema direita, aumentou no ano passado, apontam os últimos dados publicados em 27 de maio pelo governo.

Em 2019, foram registrados no país mais de 2.000 insultos e ataques contra cidadãos judeus, 13% a mais que no ano anterior.

 

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