18.5 C
Brasília
HomeBrasíliaSTF autoriza quebra de sigilos do deputado Izalci Lucas

STF autoriza quebra de sigilos do deputado Izalci Lucas

Inquérito investiga esquema de desvios financeiros do programa DF Digital. Defesa diz que dados de Izalci sempre estiveram à disposição da Justiça.

O Supremo Tribunal Federal autorizou a quebra dos sigilos fiscal e bancário do deputado federal Izalci Lucas (PSDB). O pedido feito pelo Ministério Público faz parte do inquérito que investiga um suposto esquema de desvio de recursos públicos do programa DF Digital.

O advogado do deputado federal disse a TV Globo que os dados bancários e telefônicos sempre estiveram à disposição da Justiça. Segundo a defesa, o STF vai comprovar a compatibilidade do patrimônio de Izalci Lucas com o que foi declarado à receita federal.

A investigação aponta irregularidades nos contratos no valor de R$ 34 milhões, durante a gestão de Izalzi Lucas, como secretário de Ciência e Tecnologia no governo Arruda.

As irregularidades no programa DF Digital teriam começado em 2009, quando a Secretaria de Ciência e Tecnologia assinou um contrato sem licitação com a Fundação Gonçalves Ledo. A instituição teria subcontratado empresas para executar o serviço com preço superfaturado.

Condenação
No ano passado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a condenação do deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF) por omissão de informação na prestação de contas eleitoral referente à campanha de 2006 para a Câmara federal.

O deputado Izalci afirmou ao que os cheques nominais de doação têm recibos e estão prestação, que os cheques colocados no processo como sendo dele são ao portador, não nominal. Ele diz que há informações diferentes no canhoto do cheque, nas cópias e na planilha. Segundo o parlamentar, a empresa citada fez doação a diversos candidatos, que concorreram a vários cargos no pleito, e que nenhum deles foi processado ou condenado.

“As pessoas foram ouvidas no processo no MP, ouviram todos os funcionários da empresa, os donos, o contador, quem fez a prestação. Todos negaram que houve repasse. Todos disseram que não tinham conhecimento nenhum de repasse. Os valores desses cheques, somados, tem menos, ou quase a metade do que fiz de doação própria. Se acaso tivesse recebido os cheques , não faria diferença”, diz Izalci.

A ação penal contra o deputado foi recebida pelo plenário do Supremo Tribunal Federal em junho de 2014. Em defesa prévia, o parlamentar negou recebimento de recursos sem origem comprovada e sem emissão de recibos.

Em documento apresentado ao Supremo, Janot apresentou alegações finais (última manifestação da Procuradoria antes do julgamento de uma ação) e reiterou denúncia contra o parlamentar pelo crime previsto no artigo 350 do Código Eleitoral, que pode levar à pena de até cinco anos de prisão e multa.

Veja Também