Anteriormente, os EUA já tinham retirado a Turquia do programa de aquisição de caças F-35 devido à compra por Ancara de sistemas de defesa antiaérea russos S-400. Mais tarde, a Turquia e os EUA negociaram um acordo de 40 novos caças F-16 e 79 equipamentos de modernização, que devem ser aprovados pelo Congresso americano. Na quinta-feira (2), o grupo de observadores da OTAN no Senado informou Biden que exigirá contrapartidas para permitir que o acordo seja aprovado.
“O Congresso não pode considerar o apoio futuro à Turquia, incluindo a venda de caças F-16, até que a Turquia conclua a ratificação dos protocolos de adesão”, lê-se na carta assinada por democratas e republicanos e tornada pública pela senadora Jeanne Shaheen.
Ancara está atrasando os pedidos de adesão de Estocolmo e Helsinque à OTAN “em um momento decisivo da história”, ou seja, ante o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, observam os senadores.
Na quarta-feira (1º), o presidente turco Recep Tayyip Erdogan disse ao parlamento em Ancara que “haverá um preço a pagar” se os EUA renegarem o acordo dos F-16. Solicitado a esclarecer as declarações, seu porta-voz Ibrahim Kalin disse à CNN International que Erdogan se referia à indústria militar dos EUA.
“Estamos desenvolvendo nossas próprias capacidades nacionais”. […] “Assim, nós simplesmente vamos desenvolver nossas próprias capacidades e as empresas de defesa dos EUA ficarão a perder com tudo isso”, disse Kalin.
“Se o Congresso dos EUA fizer do processo de adesão à OTAN uma condição prévia para o programa F-16, eles podem esperar por um longo tempo, não estamos relacionando as duas [questões]”, acrescentou o porta-voz.