Custo em Brasília está abaixo da média nacional
O acréscimo é diferente do de março deste ano, de 24,1%, concedido pela Aneel. Naquela ocasião, os recursos foram repassados integralmente ao governo federal, com a finalidade de cobrir custos do sistema nacional, como impactos decorrentes da alta do valor da compra de energia e da elevação da tarifa da Itaipu Binacional.
De acordo com o diretor de Regulação e Planejamento Estratégico da CEB, Hamilton Carlos Naves, o foco do reajuste tarifário anual aprovado hoje é “manter as operações da empresa e continuar investindo em melhorias na rede”. Segundo ele, a companhia conseguiu diminuir para a média de 15 horas por ano o tempo de desligamentos em Brasília. Esse número chegava a 18 no fim do ano passado.
Hamilton explica que são feitos levantamentos mensais para avaliar os indicadores de interrupções de energia. A meta é que, até o fim de 2016, esse tempo diminua para menos de 10 horas anuais. Para isso, a companhia investe em novos circuitos, tecnologias mais avançadas e manutenção — que envolve desde poda de árvore até limpeza da rede. “Mesmo que a CEB não esteja hoje com a economia equilibrada, temos feito todos os esforços para aprimorar o atendimento com foco no consumidor.”
Previsão legal
O reajuste anual é previsto em lei. O valor é calculado pela Aneel, que toma como base os dados financeiros da empresa em questão.
Apesar do aumento, as tarifas em Brasília continuam abaixo da média nacional. O consumidor brasiliense pagará R$ 436 o megawatt, enquanto na média do Brasil ele é de R$ 500.