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Secretário de Saúde diz que há infecção de KPC em oito hospitais do DF

A lista citada pelo chefe da pasta, João Batista de Souza, inclui unidades de saúde públicas e privadas

https://youtu.be/lOPbXeVr9CU

Mais um áudio vazado de dentro de um órgão do Executivo aponta que o micro-organismoKlebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC) afeta pelo menos oito hospitais entre públicos e privados no Distrito Federal. Em reunião dentro da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, uma gravação do chefe da pasta, João Batista de Souza, revela que a situação “está igual no mundo inteiro” e descarta surto. Ao todo, sete pessoas infectadas morreram esse ano e uma continua internada no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM)

A gravação teria sido feita na última segunda-feira (6/7). João Batista afirmou que há pacientes infectados nos hospitais Santa Lúcia, Santa Helena, Santa Luzia, Sarah Kubitschek e no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). “Tem um paciente que está lá (HRC) desde setembro do ano passado com KPC. No HUB, tive oito casos só em outubro de 2014”, comentou.

Em nota, a Secretaria de Saúde informou que os dados citados por João Batista são da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No áudio, o secretário cita somente o nome de seis unidades de saúde, mas a Secretaria de Saúde confirmou os oito hospitais. A Autarquia Federal, responsável por fiscalizar a pasta, não confirmou.

A assessoria de comunicação dos hospitais Santa Lúcia e Santa Helena negou a existência de pacientes infectados nas unidades. Os hospitais Sarah kubitschek e Santa Luzia não se manifestaram.

Um outro vazamento de áudio, gravado durante uma reunião de alguns deputados distritais com o governador do DF, Rodrigo Rollemberg, mostrou parlamentares fazendo suposta cobrança de cargos na administração pública. Os distritais falaram sobre “repartir o bolo”. Após a divulgação das conversas, houve indignação na câmara e os distritais chegaram a abrir um pedido de investigação.

Entenda o caso
A endemia de superbactéria veio à tona em 28 de maio, data da primeira morte na rede pública do DF. As infecções foram principalmente por Enterococo, Acinetobactor baumannii e KPC. Ao todo, 25 pacientes passaram por exames no HRT. A unidade passou por uma limpeza geral das alas vermelha e amarela para conter a proliferação do micro-organismo. No HRSM, 16 pessoas ficaram isoladas para tratamento da contaminação. Um Plano de Enfrentamento, lançado em junho, foi aplicado a toda rede pública, segundo o GDF.

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