“O decaimento dos níveis dos reservatórios não surpreende ninguém, uma vez que na estação seca o que se retira dos reservatórios é um volume maior do que o que entra”, declarou. “Não estamos preocupados em particular com agosto, fizemos simulação até o final do ano e o fato é que os reservatórios não ficam vazios até o fim do ano”, acrescentou.
Em razão dessas simulações, disse Kelman, a companhia não vislumbra a possibilidade de rodízio no abastecimento de água este ano.
Sobre as obras para integração do Rio Grande, Kelman descartou que tenha havido atrasos por parte da Sabesp. Ele lembrou que havia uma previsão de duração de quatro meses para as obras desde a proposta inicial aprovada em fevereiro, mas ele ponderou que as obras não foram iniciadas naquele mês em razão de demora na concessão de licenças ambientais. O início das obras, afirmou, se deu apenas ao final de maio e por isso a previsão é a conclusão em setembro.
Ele ainda rechaçou a ideia de que a crise hídrica pudesse ter sido prevista. “Temos uma crise gravíssima e a probabilidade de acontecer algo tão drástico não aparecia nas previsões meteorológicas em 2013”, afirmou. “Não é razoável que comentaristas de videotape digam que isso era provável, portanto, as acusações de que faltou planejamento não se sustentam”, concluiu.