O aumento do teto de preços ocorre em meio a uma crise crescente no Reino Unido, já que o aumento do custo de vida forçou milhões de britânicos a cortar drasticamente suas despesas. A situação permanece tensa, já que a inflação atingiu uma alta de 9,4% em junho, a maior nos últimos 40 anos, a inflação de alimentos atingiu 11,6%.
Brearley culpou a Rússia pelo forte aumento nos custos de energia, alegando que Moscou “desligou deliberadamente o fornecimento de gás para a Europa”, elevando os preços, e que a autoridade do Reino Unido “não teve escolha a não ser refletir esses aumentos de custos”.
Os países europeus alegaram repetidamente que a Rússia é a culpada pela disparada dos preços do gás, apesar do fato de que suas próprias restrições contra Moscou impactaram a cadeia de maneira geral, aumentando os custos da entrega do gás, carvão e outras fontes de energia, resultando em preços recordes.
A gigante russa de gás Gazprom teve que interromper o fluxo de gás via Nord Stream 1 (Corrente do Norte 1), já que uma turbina a gás para o oleoduto estava presa no Canadá devido a sanções antirrussas. Após um período de análise, Ottawa enviou a peça crucial para a Alemanha, permitindo que o fluxo continuasse e burlando as sanções ocidentais.
No entanto, nesta semana a empresa anunciou que teria que deixar de fornecer gás mais uma vez, a partir de 31 de agosto, para três dias de trabalhos de manutenção.
Ao mesmo tempo, as sanções, impostas a Moscou após o início da operação militar especial na Ucrânia, fizeram com que a Rússia mudasse os termos de pagamentos do gás ainda no mês de março, quando o presidente Vladimir Putin assinou um decreto que estipula que o gás seja vendido aos “países hostis” em rublos russos.
Várias nações europeias se recusaram a pagar em rublos, e Moscou encerrou o fornecimento de gás às referidas nações por violações das condições contratuais.