Estudo rebate senso comum que relaciona reações alérgicas com a infância
BOSTON, Massachusetts — Quando as pessoas pensam em alergia alimentar, na maioria das vezes a relacionam com a infância, mas um novo estudo apresentado no congresso anual do Colégio Americano de Alergia, Asma e Imunologia mostra que quase a metade das reações alérgicas em adultos surgiram na idade adulta.
— As alergias alimentaram são vistas como condições que surgem na infância, então a ideia de que 45% dos adultos com alergias alimentares as desenvolveram na idade adulta é surpreendente — disse Ruchi Gupta, coautor do estudo. — Nós também notamos que, assim como nas crianças, a incidência de alergias alimentares em adultos está aumentando em todos os grupos étnicos.
A alergia alimentar mais comum entre adultos é a de mariscos, que afeta cerca de 3,6% dos americanos adultos, num aumento de 44% em relação à prevalência de 2,5% registrada em estudo similar de 2004. A alergia a nozes e castanhas também se tornou mais comum, afetando 1,8% da população americana, contra 0,5% em 2008.
O estudo também revelou que adultos negros, asiáticos e hispânicos são mais propensos a alergias a determinados alimentos que os brancos, especificamente para maricos e amendoim.
— Por exemplo, os adultos asiáticos são 2,1 vezes mais propensos a desenvolver alergia a maricos que adultos brancos, e adultos hispânicos relataram alergia a amendoim numa frequência 2,3 maior que adultos brancos — afirmou Christopher Warren, que também assina a pesquisa. — Porque muitos adultos acreditam que alergias alimentares afetam principalmente crianças, eles não pensam em fazer testes. É importante procurar um alergista para diagnósticos se estiver tendo alguma reação ou suspeitar de alergia.