A principal suspeita da Nasa é que as partículas radioativas que foram espelidas pela lua Io, também de Júpiter, alcançaram o gelo da Europa
A Nasa tem planos maiores do que somente chegar a Lua, o satélite da Terra. Um novo projeto da agência espacial americana prevê que uma missão deve tentar alcançar a Europa — não, não o continente, mas sim a uma das luas de Júpiter. A ideia é tentar descobrer o que acontece abaixo da superfície lunar, dependendo diretamente de um fenômeno desconhecido que faz com que o gelo da Europa brilhe no escuro.
Segundo o site Ars Technica, a descoberta será feita por meio de um “novo truque” da agência americana e, se tudo ocorrer conforme o esperado, isso deve acontecer em 2024. Os cientistas acreditam que os oceanos subterrâneos da Europa estão entre os locais do sistema solar com mais probabilidade de ter vida extraterrestre.
O problema é que os oceanos da lua estão abaixo de muitas chamadas de gelo grosso, o que dificulta a vida dos pesquisadores.
A principal suspeita da Nasa é que as partículas radioativas que foram espelidas pela lua Io, também de Júpiter, acelerada por campos magnéticos, alcançaram o gelo da Europa. Em um estudo publicado na segunda no jornal científico Nature Astronomy, as partículas brilham de forma invísivel ao olho nu.
A técnica utilizada para identificar o porque de a lua ser tão brilhante começou com a misturas de água e sal, congelando-as para a temperatura, teoricamente, mais baixa do universo, sem esquecer, é claro, de uma pitada de radiação.
O que o time descobriu foi que o brilho do gelo mudava dependendo do que estava dentro da mistura — informação que pode potenciamente ajudar na identificação do que existe no subterrâneo da lua Europa, sem que os cientistas precisem tentar quebrar as camadas de gelo. Algumas cores, por exemplo, podem identificar que existe vida orgânica no local.