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Pressionada por alimentos e transportes, inflação oficial chega a 1,27% em janeiro

No acumulado de 12 meses, IPCA está em 10,71%; patamar mais elevado nessa base de comparação desde novembro de 2003

Black Friday, no supermercado Extra, na zona sul de Sao Paulo (SP)
Alimentos e Transportes são os dois grupos de maior peso na despesa das famílias; no mês, detiveram 71% do índice(Reinaldo Canato/VEJA.com)

A inflação oficial brasileira acelerou mais do que o esperado em janeiro e começou o ano ainda acima de 10% no acumulado em 12 meses, no momento em que o Banco Central adotou um tom mais brando em relação à condução da política monetária.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,27% em janeiro, após alta de 0,96% em dezembro, o nível mais alto para o mês desde 2003 (2,25%), de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com isso, a alta do índice acumulada em 12 meses até janeiro foi a 10,71%, acima dos 10,67% vistos em dezembro, quando encerrou 2015 estourando o teto da meta do governo pela primeira vez desde 2003. Esse é o patamar mais elevado nessa base de comparação desde novembro de 2003 (11,02%).

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de avanço de 1,10% sobre dezembro, atingindo em 12 meses 10,52%.

Em janeiro, os maiores impactos foram exercidos por Alimentação e Bebidas, com alta de 2,28%, e Transportes, com avanço de 1,77%. Para os alimentos, esse é o maior avanço dos preços desde dezembro de 2002. Esses dois grupos são os de maior peso na despesa das famílias e detiveram 71% do índice.

Os economistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central apontam que a estimativa para o IPCA no final deste ano é de alta de 7,26%. Ainda assim, o BC decidiu manter a taxa básica de juros em 14,25% diante da elevação das incertezas no cenário externo.

 

(Com agência Reuters) 

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