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Preso suspeito de participar de assalto à Prosegur em SP

Com o suspeito, polícia apreendeu munição de uso restrito. Dois PMs e morador de rua morreram no confronto com os assaltantes.

Um suspeito de participar do assalto à transportadora de valores Prosegur foi preso em São Caetano do Sul (SP). O crime ocorreu em abril, em Santos, e terminou com a morte de dois policiais militares e de um morador de rua.

Daniel Donizete Colassuono foi encontrado por policiais civis. O delegado Carlos Alberto da Cunha afirmou que, com o suspeito, foram apreendidos dois carregadores de fuzil AR-15 e cerca de 90 cartuchos – munição de uso restrito.

De acordo com o delegado, o homem confessou ter participado do crime. “Tínhamos informação de que ele estava homiziado (escondido) no ABC e tínhamos informação da participação dele no crime. Os policiais se dirigiram ao local e foi franqueada a entrada”, disse o delegado. Segundo ele, o homem chegou a apresentar um RG falso, “mas depois confessou que o documento era falso e a participação no roubo da Prossegur na cidade de Santos”.

O homem foi preso em flagrante pelo uso de documento falso e porte de munição de calibre restrito.  Segundo a polícia, ele já era procurado pela Justiça por roubo e está sendo indiciado por latrocínio, uma vez que ocorreram três mortes no assalto à Prosegur,  e organização criminosa.

Colassuono atuou na contenção, garantindo a segurança dos outros criminosos. “Ele tinha o trabalho de contenção, de fazer a segurança da organização criminosa”, explicou Cunha. “Ele participou do bloqueio do acesso ao local  onde foi efetuado o roubo. Ele tinha um caminhão para fazer o bloqueio, fez esse bloqueio e ali permaneceu durante todo o tempo. Depois ele conseguiu fugir para um matagal, permaneceu um tempo escondido nesse matagal  e fugiu”, disse o delegado.

Esse foi o primeiro integrante da quadrilha de Santos a ser preso. “Tenho certeza de que vai ser a ponta de um iceberg que vai levar a todos os demais”, disse o delegado.

A polícia não vê ligação entre os crimes de assalto a empresas de valores ocorridos em Santos, Campinas e Ribeirão Preto. Os casos estão sendo apurados isoladamente com apoio do Deic.

“São três casos. Um está sendo apurado em Santos, outro em Campinas e outro em Ribeirão Preto, e dentro da forca-tarefa o Deic está atuando nos três casos”. O delegado disse que não há ligação entre os casos. “Não tem nenhuma ligação entre os três crimes, nada confirmado, nada de exato”.

Crime
Um grupo de criminosos assaltou a empresa de transporte de valores, em Santos, na madrugada do dia 4 de abril. O barulho do tiroteio entre criminosos e policiais pode ser ouvido em pelo menos três bairros da cidade. Segundo a polícia, três pessoas morreram: dois policiais militares e um morador de rua.

Após os crimes, policiais civis conseguiram recuperar cerca de R$ 10 milhões do roubo em Santos. Imagens de câmeras de segurança mostram a ação dos criminosos.

Assaltos aterrorizantes
Armas de guerra, explosivos, caminhões em chamas e pregos retorcidos estão sendo usados por criminosos encapuzados em ataques aterrorizantes a transportadoras de valores no estado de São Paulo.

A quantidade de assaltantes (pelo menos 20), o horário dos roubos (às 4h) e a fuga (por rodovias) levam a Polícia Civil a suspeitar que os crimes estão sendo cometidos por uma mesma quadrilha –ligada à facção que age dentro e fora dos presídios paulistas. Veja como ocorrem os assaltos.

Preso em São Caetano suspeito de participar de assalto a Prosegur. (Foto: Roney Domingos/G1)

 

 
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