Empresa chinesa quase foi chamada de “Red Star” ou “Black Rice”, mas executivos mudaram de ideia e decidiram adotar o nome atual
Lei Jun, executivo que comanda a Xiaomi, resolveu explicar a origem do nome da fabricante chinesa de aparelhos eletrônicos – e que recentemente ultrapassou a Apple no mercado de smartphones. A história é curiosa e mostra que por pouco a companhia não teve um nome totalmente americanizado.
De acordo com o executivo, em entrevista para o site GizChina, nomes como “Red Pepper”, “Red Star” e “Black Rice” foram colocados em discussão, mas nenhum agradou completamente aos executivos. A ideia era dar um nome tive pronúncia simples para consumidores do mundo inteiro e não apenas na China.
Jun afirma que em determinado momento da reunião se lembrou de uma de suas frases favoritas, que diz “Buda vê um grão de arroz com tanta atenção como quando olha para o monte Meru”, montanha sagrada mitológica na Tanzânia e que faz parte das culturas hindu, jainista e budista.
Em chinês, a palavra arroz é traduzida para o termo “Mi”. Os executivos gostaram e o nome passou a ser considerado. Só que Mi não era o suficiente. Com medo de que o ambiente online fosse muito evasivo, executivos sugeriram que a companhia adotasse o prefixo Xiao (que significa “pequeno”, em chinês). Daí nasce o nome Xiaomi, ou pequeno grão de arroz.
Nomes de empresas são curiosos. A Apple, por exemplo, é chamada desta forma porque Steve Jobs, cofundador da empresa, estava fazendo uma dieta a base de frutas e havia acabado de visitar uma fazenda de maçãs. Ele achou que o nome da fruta era simples, divertido e pouco intimidador.
A sul-coreana Samsung, por sua vez, adotou o nome que, em coreano, pode ser traduzido para “três estrelas”. As estrelas seriam uma forma da companhia enxergar um futuro em que pudesse alcançar o estrelato. O número três é visto na cultura local como poderoso (da mesma forma que o número 7 é considerado como “de sorte” e 13 poderia significar “azar”.