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Por falta de pagamento, telefones da Secretaria de Saúde são cortados

Problema já dura quatro meses; pasta diz que analisa faturas de empresa. MP de Contas pediu explicações para falta de licitação há 16 anos na área.

Fachada da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (Foto: Raquel Morais/G1)
Fachada da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (Foto: Raquel Morais/G1)

Por falta de pagamento, as linhas telefônicas da administração central da Secretaria de Saúde do Distrito Federal estão cortadas há quatro meses. A pasta afirma que nem os 16 hospitais públicos nem a ouvidoria – que prestam atendimento direto aos pacientes – sofrem restrições. Além disso, declarou que analisa as faturas e que já tem previsão orçamentária para pagar R$ 5 milhões. O total da dívida não foi informado.

A orientação é para que os servidores usem celulares funcionais no período. O incidente é alvo de investigação do Ministério Público. No final de julho, a Procuradoria-Geral do órgão ajuizou ação contra a suspensão do serviço, por considerá-lo essencial, “que não poderia ser interrompido”. Em resposta ao ofício, a secretaria disse que desde 1998 não faz licitação para a área de telefonia, “que o serviço era prestado de forma precária, causando danos à população”.

A pasta afirmou que pediu ao Ministério do Planejamento que fizesse parte de uma licitação em andamento no governo federal para contratar uma empresa especializada na área. Na sexta, o Ministério Público de Contas encaminhou representação ao Tribunal de Contas pedindo que o caso seja apurado.

“Para o MP de Contas, é estranho o fato de que uma Sscretaria do GDF tenha que recorrer ao governo federal, pois em outras pastas é comum a realização de pregões há mais tempo. Em 2011, por exemplo, a Secretaria de Educação realizou pregão eletrônico para contratar uma empresa para prestação de Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC), homologado pela Anatel, para atendimento a todas as suas unidades”, disse.

De acordo com a representação oferecida pelo órgão, é preciso verificar de quem foi a responsabilidade pelo fato de a Secretaria de Saúde admitir a prestação desses serviços sem fazer licitação. Além disso, é preciso apurar a regularidade dos pagamentos, inclusive, quando e por que teriam sido suspensos, declarou.

 
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