Após o pior momento econômico em abril, é possível enxergar considerável melhora em todas as atividades econômicas em julho
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro avançou 2,4% em julho ante junho, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com julho de 2019, a economia teve redução de 6,1% em julho de 2020.
“A economia segue em trajetória de crescimento no mês de julho. Após ter em abril o seu pior momento econômico, reflexo da pandemia de Covid-19, é possível enxergar considerável melhora em todas as atividades econômicas. Apesar dessa melhora, o país segue com cenário de alta incerteza e com o nível de atividade em patamar ainda muito baixo e se recuperando muito lentamente”, avaliou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial.
O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.
Na comparação com julho de 2019, houve queda no PIB da indústria e de serviços, sob a ótica da oferta. Pela ótica da demanda, o único componente sem retração foi a exportação.
O consumo das famílias encolheu 6,6% em julho de 2020 ante julho de 2019. O consumo de produtos semiduráveis despencou 24,3%, enquanto o de bens duráveis teve retração de 2,6%, e o consumo de serviços caiu 11,4%. Por outro lado, o consumo de bens não duráveis subiu 3,5%.
Ainda sob a ótica da demanda, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) teve retração de 2,0% em julho deste ano ante julho do ano anterior. Houve perda de 8,1% no componente máquinas e equipamentos, mas avanços na construção (2,7%) e outros ativos fixos (1,5%).
Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 4,068 trilhões de janeiro a julho, em valores correntes. A taxa de investimento em julho de 2020 foi de 17,1% na série a valores correntes.