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PF prende em SP ‘maior contrabandista de imigrantes do mundo’

A operação ocorreu, simultaneamente, em 20 países da América do Sul e Central

Em uma operação conjunta com a Agência Norte-Americana de Imigração, a Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (31), em São Paulo, oito pessoas, incluindo Saifullah Manun, considerado o maior contrabandista de imigrantes do mundo. Os outros setes – quatro bengaleses, que nasceram em Bangladesh, e três paquistaneses – também foram detidos como suspeitos de integrar a organização criminosa.

Manun morava há cerca de seis anos na região do Brás, na capital. Sabe-se que ele já conseguiu levar ilegalmente para os Estados Unidos cerca de 200 pessoas da Ásia, todas através de um caminho que passa pelo Brasil – na fronteira do Acre com o Peru.

A quadrilha cobrava cerca de R$ 40 mil ou R$ 50 mil dos imigrantes, que chegavam no aeroporto de Guarulhos alegando refúgio e perseguição política, tornando a entrada no país mais fácil – sem precisar nem de documentos. Uma vez em São Paulo, essas pessoas eram mantidas em cativeiro, em condições sub-humanas, seguindo depois a rota até os Estados Unidos.

O delegado Milton Fornazari, responsável pela operação, explica o esquema. “A operação acabou por desarticular uma organização criminosa que envolve o maior contrabandista de pessoas envolvendo a imigração ilegal para os Estados Unidos. Ou seja: o maior contrabandista de pessoas do mundo, conforme informações das autoridades norte-americanas. Ele era um cidadão bengalês que, contando com outros membros da organização, promovia a imigração ilegal de imigrantes do sul da Ásia – Afeganistão, Paquistão, Nepal, Bangladesh e da Índia.”

De acordo com as investigações, os criminosos movimentaram, no Brasil, US$ 10 milhões entre 2014 e 2019. Ao todo, oito mandados de prisão e 18 de busca e apreensão foram cumpridos. A operação ocorreu, simultaneamente, em 20 países da América do Sul e Central.

Os investigados responderão pelos crimes de contrabando de migrantes, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas de três a dez anos de prisão.

 

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