Vítima disse que estava sofrendo violência sexual e tortura. Áudio da ligação foi divulgado pela Polícia Militar
A Polícia Militar do Distrito Federal divulgou o áudio de uma ligação em que uma mulher liga para o disque-denúncia fingindo que está cobrando uma pizzaria por um pedido que não teria sido entregue. O objetivo era pedir socorro para a PM, para que fosse resgatada de uma situação de cárcere privado.
Nesta segunda-feira, 30, a PMDF publicou nas redes sociais sobre o caso, que aconteceu no domingo, 29, na região de Samambaia.
O telefonema é atendido por um militar, que rapidamente entende que a mulher estava pedindo socorro de forma velada, por estar em uma situação de risco, ou provavelmente perto do agressor.
Veja como foi o diálogo:
PMDF: Polícia militar
Mulher: Boa noite, amigo. Eu fiz um pedido, pelo amor de Deus
PMDF: Pedido de que?
Mulher: Pedi uma pizza e não tá vindo
PMDF: Qual o nome da senhora? Eu entendi o que a senhora tá falando. Vou mandar até um refrigerante geladinho. Qual o endereço completo aí, senhora?
Mulher: Você pode vir logo? Eu tô com fome
PMDF: Tá bom. Vai rapidinho tá? É só aguardar
Mulher: Obrigada, eu agradeço. Gratidão (chorando)
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O policial disse que entendeu que a ligação se tratava de um pedido de ajuda, e mandou uma viatura até o endereço da mulher. Ao chegar, ela saiu de dentro da casa correndo, e disse que estava sendo mantida em cárcere privado, além de ser vítima de estupro e tortura.
Segundo a PMDF, a mulher estava há três dias sendo mantida em cárcere privado, e era forçada a ter relações íntimas com o agressor, que usava uma faca para ameaçá-la, e pressionava o objeto cortante contra o corpo dela.
O agressor, um homem de 60 anos, foi preso e levado para a 26ª Delegacia de Polícia (DP) para investigação dos fatos e adoção das medidas cabíveis. A vítima está recebendo os cuidados necessários, segundo a polícia.
Em caso de violência contra a mulher, denuncie
Violência contra a mulher é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de agressão contra mulheres, denuncie. Você pode fazer isso por telefone (ligando 190 ou 180). Também pode procurar uma delegacia, normal ou especializada.