São cumpridos sete mandados de busca e apreensão em endereços do DF e Entorno. Loja funcionava no Setor H Norte, em Taguatinga
A Polícia Civil deflagrou a Operação Rédito, na manhã desta quarta-feira (20/05).
O objetivo é o combate à indústria de revenda de autopeças ilegais no Setor H Norte, em Taguatinga.A ação é um desdobramento da Operação Rota da Seda deflagrada no ano passado.
Segundo as investigações da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), o proprietário de um estabelecimento comercial especializado em caminhonetes, localizado na região, usava a loja como fachada para fraudar seguros e adulterar numeração de motores para acobertar a origem ilícita das peças.
Nesta manhã, são cumpridos sete mandados de busca e apreensão em endereços do DF e Entorno, vinculados não só ao proprietário da própria loja mas também em casas de suspeitos que adquiriram e instalaram em suas caminhonetes os motores sem procedência.
Ainda de acordo com a Corpatri, a loja investigada, ao contrário do que determina a Lei do Desmanche (12.977/2014), não tinha autorização para funcionar e, portanto, também estava incursa no crime de exploração ilegal de atividade econômica. A polícia ressaltou que o proprietário valia-se da falta de fiscalização sobre o setor para enriquecer com essa atividade comercial irregular.
Medidas
A investigação ainda está em andamento e, a partir das informações colhidas na operação desta quarta-feira, os agentes pretendem localizar outros envolvidos. Todos os investigados poderão ser indiciados pela prática dos crimes de receptação qualificada, adulteração de sinais identificadores e estelionato.
“A Corpatri está determinada em combater essa indústria do comércio de autopeças ilegais no DF. Sabemos que muitos entenderam a mensagem dada com a Operação Rota da Seda e cessaram suas atividades. Aqueles que ainda insistem, não tarda também acabaram na cadeia”, destacou o delegado-chefe da Corpatri, André Leite.
“Não restam dúvidas que essas lojas do H Norte são as grandes fomentadoras de roubos e furtos de veículos no DF. Se fecharmos metade das lojas clandestinas que lá se encontram, no mês seguinte, certamente haverá uma queda diretamente proporcional nesse tipo de criminalidade”, completou o delegado Erick Sallum, que também participa da operação.
A delegada Isabela Albino, responsável pela Operação Rédito, reforça que a corporação busca um trabalho conjunto com o Departamento de Trânsito (Detran). “A repressão penal deve se somar à fiscalização administrativa. A PCDF precisa, por delegação, também possuir o poder de interdição destes estabelecimentos”, disse.