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Parte do mercado passa a ver a Selic a 1,75% este ano após corte pelo BC

Expectativa para a alta do IPCA aumentou para 1,61%, e a previsão de queda do PIB de 2020 passou para 6,50%

PIB do Brasil; economia brasileira; crescimento econômico (Cris Faga/Getty Images)

Analistas do mercado fizeram pequenos ajustes a suas estimativas econômicas, mantendo a previsão de que a taxa básica de juros será mantida no atual patamar de 2,25% até o final do ano, enquanto o grupo dos que mais acertam passou a ver a Selic ainda mais baixa.

A pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira apontou que a expectativa permanece sendo de que a Selic encerrará este ano a 2,25% e 2021 a 3,00%, depois de o BC ter feito um corte de 0,75 ponto percentual, para a nova mínima histórica de 2,25% ao ano, ao mesmo tempo em que deixou aberta a porta para nova redução “residual” à frente.

Entretanto, o Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, reduziu o cenário para a Selic este ano a 1,75%, de 2,25% antes. Para 2021, a conta subiu a 2,63% na mediana das projeções, de 2,25%.

O mercado aguarda agora a divulgação da ata do encontro na terça-feira e do Relatório de Inflação na quinta-feira em busca de mais indicações sobre a visão do BC para a política monetária e o cenário econômico.

O levantamento semanal apontou que a expectativa para a alta do IPCA aumentou em 0,01 ponto percentual para este ano, a 1,61%, permanecendo em 3% para 2021.

O centro da meta oficial de 2020 é de 4% e, de 2021, de 3,75%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa para este ano é de contração de 6,50%, contra queda de 6,51% prevista antes, passando a um crescimento de 3,50% no ano que vem.

 

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