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Para racionar energia, Itália impõe limites para o uso de ar condicionado

Escolas e outros edifícios públicos na Itália serão proibidos de ajustar seu ar condicionado a qualquer temperatura abaixo de 25 graus Celsius a partir do próximo mês.

© AFP 2022 / Filippo Monteforte
Enquanto estuda a possibilidade de adquirir gás russo pagando em rublos, a Itália impôs uma estratégia para evitar uma crise de energia exacerbada pela operação russa na Ucrânia.
A Itália importa cerca de 45% de seu gás natural da Rússia, e a iniciativa de racionamento de energia é chamada de “operação termostato”, segundo informações do The Guardian.
Um debate sobre a energia desperdiçada através do ar condicionado surgiu depois que o primeiro-ministro, Mario Draghi, ironicamente usou o ar condicionado como um exemplo de algo que os italianos podem ter que “sacrificar em troca da paz na Ucrânia”.
“Queremos ter paz ou queremos ter o ar condicionado ligado?”, afirmou, no início deste mês. As regras começarão em 1º de maio e estarão em vigor até 31 de março do próximo ano, com aquecimento em prédios públicos durante o inverno não permitindo exceder 19 graus Celsius.
Ainda não está claro como a medida será policiada, mas inspetores do Ministério do Trabalho podem realizar controles. Haverá multas para aqueles que desrespeitarem os limites estipulados.
A medida não se aplica a hospitais, mas pode eventualmente ser estendida a residências particulares.
Ainda hoje (20), a Itália anunciou que vai se recusar a pagar pelo gás russo em rublos, conforme exigido por Moscou, se a União Europeia (UE) concluir que isso violaria as sanções da comunidade, informou a Bloomberg.
A publicação indica que Roma está esperando que Bruxelas complete sua análise legal antes de tomar qualquer ação. Contudo, de acordo com uma avaliação preliminar, concluiu-se que ceder às condições de Moscou seria uma clara violação das sanções.
Ainda no mês de março, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que os países que Moscou considera “hostis”, entre eles os 27 membros da União Europeia, teriam de pagar em rublos pelo gás, pedindo ao Banco Central e ao Gabinete de Ministros que determinassem o procedimento para a realização dessas transações.
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