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Papiro mais antigo do Egito é exposto pela primeira vez

O manuscrito, de cerca de 4.500 anos, contém detalhes sobre a construção da Grande Pirâmide de Gizé, durante o reinado do faraó Quéops

Papiro egípcio mais antigo do mundo é exposto no Museu Egípcio em Cairo. O papiro foi descoberto em Wadi Al Jarf, no Egito, em 2013. (Mohamad Al-Raai/AFP)
Papiro egípcio mais antigo do mundo é exposto no Museu Egípcio em Cairo. O papiro foi descoberto em Wadi Al Jarf, no Egito, em 2013. (Mohamad Al-Raai/AFP)

O Museu Egípcio no Cairo está expondo pela primeira vez o papiro mais antigo já encontrado, da época do faraó Quéops, que reinou no Antigo Egito há mais de 4.500 anos. O manuscrito menciona os trabalhos de construção da Grande Pirâmide de Gizé (também conhecida como Pirâmide de Quéops), uma das sete maravilhas da Antiguidade, e será exibido durante duas semanas.

O documento foi descoberto junto com outros papiros em 2013 por uma equipe de arqueólogos franceses e egípcios na região de Wadi Al Jarf, no Sudeste do Cairo, às margens do Mar Vermelho. Na exposição há seis dos trinta papiros descobertos.

“Trata-se do mais antigo texto escrito descoberto no Egito”, afirmou Sayed Mahfuz, um dos arqueólogos da equipe que encontrou o papiro, que estava em pedaços, à Agência France-Presse. “Há mais de mil fragmentos.”

Construção da Pirâmide de Quéops

De acordo com um comunicado do Ministério de Antiguidades, o manuscrito “conta o cotidiano e o estilo de vida dos operários do porto [de Wadi Al Jarf].” Ele explica que “os operários participaram da construção da Grande Pirâmide de Quéops em Gizé”.

Um dos documentos era um diário do funcionário público Merer (o amado, em língua faraônica), que liderou uma equipe de cerca de 40 marinheiros durante a construção da pirâmide. O papiro, que cobre um período de três meses, traz estatísticas e detalhes administrativos do cotidiano do funcionário e registra “o trabalho da sua equipe, que transportava blocos de pedra calcária das jazidas de Torah, na beira do Nilo, até a pirâmide de Quéops, no planalto de Gizé”, informou o Ministério de Antiguidades.

O manuscrito também conta que o reinado de Quéops durou mais de 26 anos, informação ajudou a datar o período de governo do famoso faraó, sobre o qual há poucos detalhes disponíveis.

(Com AFP)

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