A doença é caracterizada pela falta de vitamina C no organismo. Entre os sintomas, difícil cicatrização, hemorragia nas gengivas e queda de dentes
O antigo e temido Escorbuto, doença caracterizada pela falta de vitamina C no organismo, que vitimou muitas pessoas no início do século XVIII em períodos de intensos e rigorosos invernos, reapareceu em pleno século 21, na moderna Sydney, na Austrália.
De acordo com o jornal australiano local, Sydney Morning Herald, Penelope Jackson se tornou a primeira, de alguns residentes, no oeste de Sydney a ser diagnosticada com o chamado “flagelo dos mares” – já que a maioria das vítimas era marinheiros, uma vez que passavam muito tempo navegando e não consumiam alimentos que contenham vitamina C, como frutas. “Eu não podia acreditar. Pensei: espere um minuto, o escorbuto não existe há séculos”, relatou Jackson, ao jornal. “É algo que você associa com a época do Capitão Arthur Phillip (colonizador da Austrália) e Capitão Cook (James, navegador inglês) . Você não espera que o escorbuto reapareça em pleno século 21″, complementou.
Seus principais sintomas foram uma úlcera que não cicatrizou em meses, hemorragia nas gengivas, dores musculares e queda de dentes.
Mas seu diagnóstico final só veio após seu endocrinologista decidir investigar sua dieta e descobrir a doença: Jackson quase não comia frutas e cozinhava os vegetais em tempo máximo, até que se desintegrassem ao toque e, assim, expelisse todos seus nutrientes.
As principais funções da vitamina C estão na síntese do colágeno – o que ajuda a garantir a saúde dos ossos, dentes, gengivas e vasos sanguíneos, além de contribuir para aumentar a absorção do ferro consumido na dieta.
Os exames de sangue de Jackson mostraram que ela tinha um nível de vitamina C de 10μmol / L, bem abaixo do limiar inferior de 40μmol / L, considerado nível saudável de vitamina C.