Cenário econômico deteriorou saúde financeira das empresas brasileiras no ano passado, resultando em patamar recorde dos pedidos de recuperações judiciais
No ano passado, foram requeridos 1.287 pedidos de recuperações judiciais, 55,4% a mais do que o registrado em 2014, divulgou nesta segunda-feira a empresa de consultoria Serasa Experian. O resultado é o maior para o acumulado do ano desde 2006, após a entrada em vigor da Nova Lei de Falências. Em 2014, foram 828 ocorrências contra 874 em 2013.
Segundo os economistas da Serasa, o quadro conjuntural da economia brasileira que prevaleceu durante o ano passado, marcado pelo aprofundamento da recessão, das sucessivas elevações do custo do crédito e da disparada do dólar, prejudicaram a geração de caixa das empresas e aumentaram seus custos operacionais. Assim, houve deterioração da saúde financeira das empresas brasileiras, ocasionando patamar recorde dos pedidos de recuperações judiciais.
As micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial do ano passado, com 688 pedidos, seguidas pelas médias (354) e pelas grandes empresas (245).
Na análise mês a mês, o indicador verificou aumento de requerimentos de recuperação judicial em dezembro, em relação a novembro, alta de 23% (150 em dezembro contra 122 em novembro). Já na comparação entre dezembro do ano passado e dezembro de 2014 a alta foi de 183%, de 53 para 150.
Falências – Em 2015, foram realizados 1.783 pedidos de falência em todo o país, um aumento de 7,3% em relação aos 1.661 requerimentos efetuados em 2014. Dos 1.783 requerimentos de falência efetuados em 2015, 923 foram de micro e pequenas empresas, 415 de médias e 448 de grandes.
Na análise mês a mês, o Indicador verificou queda de requerimentos de falências em dezembro em relação a novembro de 24,6% (129 em dezembro contra 171 em novembro). Já na comparação entre dezembro do ano passado e dezembro de 2014 a alta foi de 0,8%, de 128 para 129.
Na verificação mensal de dezembro, as Micro e Pequenas Empresas também ficaram na frente com 73 requerimentos, seguidas pelas médias empresas, com 20, e as grandes com 36.