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‘Não minto nem para minha mulher’, diz Domingos Brazão, preso pela morte de Marielle, em documentário

Domingos Brazão
Foto: Globoplay

Brazão foi apontado como um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson. Ele foi preso, e negou envolvimento com o crime

Preso neste domingo, 24, por ser apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, Domingos Brazão já disse em um documentário do Globoplay que “não mente nem para a mulher”. Em depoimento, ele negou qualquer envolvimento com o crime.

Na ocasião da entrevista, Domingos Brazão era conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro. Ele concedeu a fala em sua casa, para uma série do Globoplay, chamada Marielle, o documentário. Na época, ele era suspeito de ser mandante do assassinato da vereadora.

Neste domingo, Brazão foi preso ao lado do irmão, Chiquinho Brazão, por participar do crime.

O Fantástico, da TV Globo, exibido neste domingo, 24, mostrou trechos inéditos do documentário em que Domingos nega qualquer envolvimento na morte de Marielle Franco e Anderson Gomes. Ele alega que não conhecia a vereadora e nem Ronnie Lessa, o executor do crime.

“Não minto nem para minha mulher”

A entrevista, feita em 2019, aconteceu na época em que Ronnie Lessa já estava preso. Ele alegou não conhecer Domingos, que reiterou a informação no documentário. “Mas hoje eu dou graças a Deus de não ter o conhecido para ter menos complicação. Mas não sei te dizer nada da vida dele. Nunca tinha ouvido falar nele, cara. Eu nunca tinha ouvido falar nele”, contou.

Em 2023, Ronnie Lessa disse à Polícia Federal que Domingos e Chiquinho foram os mandantes do assassinato de Marielle Franco. A partir deste depoimento, o ministro Alexandre de Moraes determinou as prisões dos irmãos.

“Eu já estou velho, cara. Eu não minto nem mais para a minha mulher. Quando o cara está novo, ainda mente para a mulher, né? Hoje eu não minto mais para a minha mulher, p****. Não adianta”, disse Domingos.

Conhecia Marielle pelo nome

“Olha, eu nunca mandei matar ninguém. Nem Marielle Franco, nem ninguém. Eu não mato nem uma galinha aqui em casa, não mato nem um pato. É lamentável a ousadia de atentar contra uma parlamentar, seja ela qual for, de que partido for”, disse Domingos Brazão.

“Você tem que discordar e debater no campo das ideias. No parlamento, você discute ideias, você não discute pessoas. O parlamento é a representação mais real da sociedade. Somos todos assassinos, resolvemos as coisas na bala? Não dá para acreditar num negócio desse. Aí acabou o mundo, aí volta para casa. Porque aí são piores do que os milicianos, que os traficantes, são piores do que todo mundo”, completou.

Ele disse ao documentário que não conhecia Marielle, apenas pelo nome. Domingos também contou que não se lembra de ter visto a vereadora na posse do irmão dele, Chiquinho Brazão. Atualmente, Chiquinho é deputado federal pelo União Brasil, e foi preso neste domingo por envolvimento no crime.

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