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Na Black Friday, varejo estima faturamento de R$ 3 bilhões

Se confirmado, o resultado representará um avanço de 18% em relação ao ano passado, afirma a Alshop

Movimento no comércio da rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros (Rovena Rosa/Agência Brasil)

A edição deste ano da Black Friday deve ganhar um impulso extra com a liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e da primeira parcela do 13º salário. Neste cenário, o varejo estima faturamento superior a 3 bilhões de reais para o período, alta de 18% sobre o desempenho do ano passado, informa a Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop).

Além disso, a queda na taxa básica de juros (Selic) também contribui para o crescimento projetado pela associação. “Com o recuo da Selic, o acesso ao crédito melhorou e muitas famílias puderam sair do vermelho com a liberação do FGTS”, afirma Luís Augusto Ildefonso, diretor institucional da Alshop.

Entre os segmentos mais procurados na Black Friday estão eletroeletrônicos, vestuário, perfumaria e cosméticos. Os lançamentos cada vez mais frequentes de smartphones e televisores também estimulam o consumidor a comprar um novo modelo na Black Friday.

Com descontos mais modestos, os supermercados também devem colocar produtos em promoção para atrair o consumidor. Entre os itens que vão ganhar cortes nos preços estão vinhos e chocolates.

“A Black Friday tem se consolidado como a segunda melhor data comercial no Brasil, tanto para o e-commerce como para as lojas físicas que, neste ano, podem praticar descontos equivalentes, beneficiando consumidores e, consequentemente, o faturamento do setor”, diz Ildefonso.

Comércio eletrônico

O e-commerce se destaca nas vendas da Black Friday. Em sua primeira edição no Brasil, em 2010, o segmento faturou 3 milhões de reais. No ano passado, a receita arrecadada pelo comércio eletrônico atingiu 2,6 bilhões de reais ao longo do período promocional.

Uma pesquisa realizada pelo Google em parceria com a consultoria Provokers revela, entretanto, que o número de consumidores que pretendem comprar pelo e-commerce deve se igualar, neste ano, aos que têm intenção de adquirir produtos nas lojas físicas.

O levantamento também indica que o intuito de compra está 58% maior, em 2019, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Black fraude?

O dirigente da Alshop afirma que, logo que a Black Friday passou a ser realizada no Brasil, em 2010, algumas lojas agiram de “má-fé” com os consumidores, mascarando os descontos.

“Depois disso, os consumidores ficaram atentos e estão pesquisando preços antes da Black Friday para saber se aquele desconto realmente é vantajoso.”

 

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