De 2016 para 2017, quantidade passou de 14.358 para 24.425. Nova lei dobra pena para quem provoca morte no trânsito.
Apesar da redução de mortes no trânsito de 2016 para 2017, o número de autuações a motoristas flagrados alcoolizados no Distrito Federal aumentou 70% nesse mesmo período. A quantidade passou de 14.358 para 24.425.
A multa para quem é pego sob influência de álcool ou para quem se recusa a soprar bafômetro é de R$ 2.934,70. Quem for flagrado mais de uma vez no prazo de um ano paga o dobro.
Estudiosos afirmam que o motivo ainda é a certeza de que não haverá punição. “As pessoas cometem crimes de trânsito, ceifam vidas em via pública e [quando] chega no momento de ser punida, acaba que essa punição não é tão severa”, declarou o especialista Márcio de Andrade.
No fim do ano, foi sancionada uma lei que dobra a pena para quem provoca morte no trânsito – passou de até 4 para 8 anos de prisão. Ainda de acordo com o especialista, a legislação poderia ser ainda mais rígida. “No meu entendimento, a pessoa que bebe e dirige ela deveria ser autuada por homicídio doloso porque ela assume o risco de produzir o efeito nocivo.”
Em blitz, as desculpas seguem as mesmas. “A maioria dos condutores acham que por mais que sejam poucas doses eles têm condições de dirigir. Porém o álcool faz efeito na forma de conduzir, mesmo em doses baixíssimas”, declarou o diretor de fiscalização do Detran, Glauber Peixoto.
Mortes no trânsito
O DF fechou o ano de 2017 com o menor número de mortes já registrado no trânsito. Foram 254 contra 390 no mesmo período de 2016. Isso representa uma queda de 35% na quantidade de mortes em um ano.