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MPDF denuncia 11 policiais

O Ministério Público do Distrito Federal denunciou nesta quarta-feira (17) nove policiais civis, um policial militar e um ex-agente da PCDF, que participaram das investigações do crime conhecido como caso Villela”, ocorrido na 113 sul, em 28 de agosto de 2009.

Eles são denunciados por abuso de autoridade, tortura e supressão de documentos na prisão de Leonardo Campos Alves, suspeito de ser o autor do triplo homicídio, ocorrido em 28 de novembro de 2009.

A prisão do suspeito ocorreu em 15 de novembro de 2010, em Montalvânia, Minas Gerais. O delegado-chefe da 8ª DP na época foi denunciado por abuso de autoridade, tortura e supressão de documentos. Cinco agentes de polícia e um PM foram denunciados por abuso de autoridade e tortura; outros três policiais civis e um ex-agente foram denunciados por tortura.

A PCFD informou que a Comissão Permanente de Disciplina (CPD) instaurou um processo administrativo para apurar o caso e que a corporação vai solicitar cópia da denúncia do MP. A Polícia Militar não retornou o contato até a publicação desta reportagem.

De acordo com a denúncia do MP, a prisão de Alves aconteceu na casa da sogra dele. O suspeito foi colocado no carro da polícia e levado com a cabeça coberta com um pano escuro até a residência, para o cumprimento do mandado de busca e apreensão. Durante a diligência, objetos foram quebrados e um tiro foi disparado no local, segundo a denúncia.

Para o MP, Alves chegou a ser levado para mais dois municípios, para que não pudesse se comunicar com familiares. Em um matagal da cidade mineira de Manga, o suspeito sofreu violência e foi ameaçado e constrangido até que confessasse o triplo homicídio.Além de sofrer tortura, o suposto autor dos crimes foi informado pelos policiais que a filha dele, que morava no Recanto das Emas, no DF, havia sido sequestrada. Os agentes da Polícia Civil colocaram o suspeito em contato telefônico com a filha, de acordo com denúncia do MP.

Dois dias depois da prisão de Alves, o delegado, dois agentes da PCDF e um sargento da PM voltaram até Montalvânia para colher depoimento do sobrinho de Alves, suposto coautor do triplo homicídio, segundo a polícia. De acordo com o MP, ele afirmou ter participado do crime após ser informado de que Alves feita a confissão.

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