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Morre idosa que era vítima de maus-tratos em Taguatinga

A Polícia Civil investiga se a morte decorreu do abandono ou se foi causa natural, já que ela vivia em estado vegetativo há 10 anos

(foto: Divulgação/PCDF)
A idosa de 69 anos que sofria maus-tratos em Taguatinga Sul, morreu na manhã desta quinta-feira (16/1). A confirmação foi feita pela Polícia Civil. A mulher foi levada para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) após a denúncia do médico chefe da equipe do Núcleo de Atendimento Domiciliar (NRAD) da unidade de saúde. Ela estava sem os dentes e desnutrida.

A Polícia Civil investiga se a morte decorreu do abandono ou se foi causa natural, já que ela vivia em estado vegetativo há 10 anos. Na última terça-feira (14/1), a responsável pela idosa, a filha dela, Flávia Cristina Marçal, 38, prestou depoimento em que contou que, como a mãe era alimentada por sonda, não tinha muitos gastos com ela. Disse ainda que quando a mãe sofreu o acidente que a deixou em estado vegetativo, ela abriu mão do ensino superior para cuidar da idosa.

A filha da vítima foi autuada por omissão de socorro, exposição ao perigo e apropriação de bens, já que ela é acusada de usar a aposentadoria da mãe, no valor de R$ 3.900. Em seguida, ela pagou uma fiança de R$ 2.500 e foi liberada.

Assim que receberam a denúncia, policiais da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa, ou com Deficiência (Decrin) foram até o endereço da idosa e a encontraram acamada. Ela usava apenas uma fralda suja de fezes e urina e estava coberta com um lençol velho. No corpo dela, haviam várias feridas abertas. Uma delas com exposição do pulmão. No HRT, ela precisou passar por uma cirurgia devido à gravidade da ferida.
De acordo com a delegada-chefe da Decrin, Angela Maria dos Santos, ainda não é possível confirmar que a morte foi causada pelos maus-tratos. ”Precisamos do laudo para dar uma resposta mais precisa. Como ela viveu em estado vegetativo por 10 anos, não podemos confirmar nada por enquanto. Estamos investigando”, disse.
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