O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, compareceu, nesta quarta-feira (11), à Comissão de Cultura da Câmara para responder a questionamentos dos deputados.
Eles criticaram a transferência da Secretaria da Cultura para o Ministério do Turismo, anunciada em novembro pelo Governo Federal.
O autor do requerimento para o comparecimento do ministro na Comissão, Marcelo Calero, do Cidadania, do Rio de Janeiro, defendeu que a transferência da Secretaria está inserida em uma política do Governo de combate à Cultura.
“O presidente Bolsonaro elencou o setor cultural como seu grande adversário, como um inimigo a ser abatido. Por esse razão ele procura o conflito e confronto permanente.”
Para ele, o próprio fato de a Secretária estar vinculada anteriormente ao Ministério da Cidadania já seria um indicativo disso.
O ministro rebateu as críticas afirmando que a união entre Cultura e Turismo é uma tendência internacional e facilita o cuidado com certas questões.
“Alguns países já adotaram também essa mesma medida de unir a pasta do Turismo com a Cultura. São pastas que existem uma sinergia em grande parte dos seus temas, como os patrimônios históricos de todo o Brasil.”
Apesar disso, Álvaro Antônio reconheceu que a Cultura merece um Ministério e não apenas uma secretaria.
Também nesta quarta-feira, Kátia Bogéa, então presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, foi exonerada do cargo e substituída pela arquiteta Luciana Rocha Feres.
Essa foi a primeira indicação do ministro Marcelo Álvaro Antônio desde que a Secretaria da Cultura foi deslocada para o Ministério do Turismo em novembro.