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Militares querem expulsar integrantes golpistas das Forças Armadas

Corporação aguarda conteúdo das investigações da Polícia Federal que estão em curso

Mauro Cid na CPI do DF — Foto: Reprodução/TV Câmara Distrital

Os militares estão aguardando a Justiça divulgar o conteúdo das investigações da Polícia Federal que estão em curso, e definir exatamente os culpados do complô golpista para expulsar da corporação esses integrantes. O que as fontes me disseram durante as apurações que fiz essa semana é que eles preferem agir depois de a Justiça definir as culpas, mas a decisão de afastar quem se envolveu já está tomada.

Hoje a jornalista Bela Megale do Globo revela a informação de que os antigos comandantes militares participaram de reunião com Bolsonaro para analisar a minuta do golpe. Falei agora com o ministro José Múcio sobre essa nota da minha colega. E o que ele me disse é que haverá uma reunião com os três comandantes militares sobre esse assunto hoje ainda.

Em conversas anteriores que tive essa semana perguntei se o espírito de corpo conhecido dos militares, que convivem décadas, iria operar para proteger os responsáveis por crimes que estão sendo investigados. A resposta que eu colhi foi que, ao contrário, o espírito de corpo agiria para proteger a instituição e não indivíduos.

A relação entre o governo Lula e a nova cúpula militar está sendo lentamente distensionada e caminhando para um bom diálogo, segundo garantem as fontes com quem conversei. As desconfianças iniciais por parte do governo Lula estão sendo superadas.

Os militares não querem tomar a iniciativa de uma investigação interna, que atropele o que está sendo feito sob o comando do STF. Acham que a hora da Justiça Militar agir será depois da Justiça informar sobre as provas de envolvimento de militares, sobre quem, no governo passado, participou da tentativa de golpe, de forma direta ou indireta. O objetivo é separar o joio do trigo e afastar das Forças Armadas os participantes do complô.

O que as fontes dizem é que os militares querem deixar claro ao país que a instituição não participou da tentativa de golpe. Alguns indivíduos é que se envolveram.

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