Mianmar vive no caos desde o golpe de Estado militar de 1º de fevereiro, que derrubou a então líder civil Aung San Suu Kyi
A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, disse nesta terça-feira (13) temer que Mianmar afunde em um conflito generalizado como na Síria e alertou sobre possíveis crimes contra a humanidade cometidos pela junta militar contra a população.
“Há ecos claros de 2011 na Síria. Lá também vimos manifestações pacíficas reprimidas com força desnecessária e completamente desproporcional. A repressão brutal e persistente do Estado contra seu próprio povo levou algumas pessoas a pegarem em armas, o que foi seguido de uma espiral de violência em todo país”, afirmou Bachelet em um comunicado.
“Temo que a situação em Mianmar se dirija para um conflito generalizado. Os Estados não devem permitir que os erros fatais cometidos na Síria e em outros lugares se repitam”, acrescentou.
Mianmar vive no caos desde o golpe de Estado militar de 1º de fevereiro, que derrubou a então líder civil Aung San Suu Kyi.
De acordo com um balanço feito pela Associação de Assistência a Presos Políticos (AAPP), a repressão deixou pelo menos 710 mortos, incluindo 50 crianças. Cerca de 3.000 pessoas foram presas.