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Mesmo com PSD fora da base, Cristiano Araújo votará com Rollemberg

Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O racha definitivo entre o PSD – partido do vice-governador Renato Santana e do deputado federal Rogério Rosso – e o governador Rodrigo Rollemberg (PSB), anunciado na última sexta-feira (10/11), não se estenderá a todos os membros do partido. Contrário à saída da legenda da base governista, o distrital Cristiano Araújo vai adotar uma postura independente. Na prática, por conta dos cargos que mantém no Executivo, deve seguir votando em projetos de interesse do Palácio do Buriti.

A interpretação de pessoas próximas ao parlamentar é que apenas filiados ao PSD devem entregar seus cargos, conforme nota distribuída pela sigla. Como a maior parte dos indicados de Cristiano Araújo era do PTB, último partido ao qual ele pertenceu antes de migrar para a atual sigla, deve permanecer no Executivo. Os que forem filiados ao PSD devem decidir se saem da sigla ou pedem exoneração.

Atualmente, Cristiano Araújo tem o controle de duas áreas no governo: a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap) e a Administração Regional do Setor Complementar de Indústria e Abastecimento (SCIA) e Estrutural. O deputado recentemente disse ter cerca de 30 cargos, incluindo o comando dos dois órgãos.

Desobediência

A independência de Cristiano Araújo era prevista por dirigentes do PSD. Entretanto, a cúpula do partido alerta que, se a sigla fechar questão contrária a uma matéria, o distrital terá que seguir.

Há pouco tempo, o parlamentar desobedeceu seu partido na votação da reforma do Instituto de Previdência do DF (Iprev). O PSD havia determinado que Cristiano se posicionasse contra o projeto, mas o deputado não seguiu a decisão. Por esse motivo, um processo interno foi aberto contra o deputado.

A desobediência faz parte de uma queda de braço entre o deputado e a legenda. Recentemente, Cristiano Araújo ficou de fora das inserções do programa partidário do PSD. Tanto a sigla como o deputado tentaram colocar “panos quentes” na relação conturbada. Porém, apenas em março, prazo-limite para os candidatos se filiarem ou mudarem de legenda, é que será possível saber se o “casamento” continua ou acaba.

Fonte: Suzano Almeida/Metrópoles
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