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Manifestantes queimam ônibus em protesto contra morte de adolescente na zona leste de SP

Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados, mas quando as equipes chegaram ao local, o veículo já estava praticamente destruído


 

Manifestantes queimam ônibus em protesto contra morte de adolescente em confronto com a PM na região do Cangaíba, Zona Leste de São Paulo. O ataque contra um veículo da Viação Transguarulhense ocorreu por volta das nove e meia da noite desta terça-feira (10).

O motorista do coletivo, da linha 248, saiu da Estação Penha, do Metrô, e seguia rumo ao Parque Santos Dumont, em Guarulhos. Na Avenida Gabriela Mistral, junto ao Viaduto General Milton Tavares de Souza, bairro Engenheiro Trindade, ele foi parado por um grupo de pessoas.

Os vândalos mandaram o motorista, o cobrador e os passageiros descerem, espalharam combustível que trouxeram em garrafas pet e atearam fogo. Assim que as chamas começaram a consumir o ônibus, os suspeitos correram em direção à Favela Bueru.

A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados, mas quando as equipes chegaram ao local, o veículo já estava praticamente destruído. Ninguém foi preso.

Equipes da Concessionária AES Eletropaulo também foram acionados, visto que o incêndio atingiu a fiação da rede de distribuição de energia. Foi a segunda manifestação realizada no local em protesto contra a morte do jovem Mateus Ribeiro da Costa, de 16 anos, em uma suposta troca de tiros com policiais militares, sendo que, à tarde, moradores do local já haviam promovido protestos no local.

De acordo com a PM, pela manhã, uma equipe do 51º Batalhão fazia o patrulhamento pela Rua Bueru, no interior da Favela Bueru, quando avistou dois jovens e resolveu fazer a abordagem. Um dos suspeitos conseguiu fugir e o outro, armado, teria efetuado disparos contra os PMs, que reagiram. No revide, o adolescente, posteriormente identificado como sendo Mateus, acabou sendo baleado e morreu no local.

O caso foi comunicado ao delegado plantonista no 10º Distrito Policial, da Penha, e registrado no DHPP, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, que vai investigar a ação dos militares.

Familiares do menor afirmam que o jovem tinha saído de casa para comprar pão em uma padaria da comunidade e acusam os policiais de alterar a cena do crime, retirando o pacote de pães e colocando uma arma junto ao corpo.

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