Até o momento, autoridades registraram ao menos 426 pessoas mortas que tentaram cruzar o Mediterrâneo desde o início do ano
Mais de 100 migrantes estão desaparecidos, nesta quinta-feira, após naufrágio de um barco frente às costas líbias, indicaram a Organização Internacional para Migrações (OIM) e a marinha líbia.
“A pior tragédia no Mediterrânio este ano acaba de acontecer”, declarou o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, no Twitter.
“O naufrágio ocorreu no mar em frente à cidade líbia de Khoms”, 120 km ao leste da capital Trípoli, afirmou à AFP Safa Msehli, oficial de comunicações do escritório da OIM na Líbia.
Outros 145 migrantes foram resgatados por guarda-costas líbios e levados para Khoms, agregou.
Pessoas resgatadas contaram que o barco naufragou e que havia a bordo cerca de 150 migrantes, informou a porta-voz.
Entretanto, segundo o general Ayoub Kacem, porta-voz da marinha líbia, “134 migrantes foram resgatados e um corpo recuperado, e 115 migrantes estão desaparecidos”.
“Uma embarcação de madeira que transportava cerca de 250 migrantes clandestinos, entre eles mulheres e crianças (…) naufragou a menos de 5 milhas marinas da costa, segundo testemunhas de migrantes sobreviventes”, afirmou o general Kacem em comunicado enviado à AFP.
Antes do naufrágio anunciado nesta quinta-feira, a ACNUR e a OIM haviam registrado ao menos 426 pessoas mortas que tentaram cruzar o Mediterrâneo desde o início do ano.
Apesar da insegurança persistente, a Líbia continua a ser um importante local de trânsito para migrantes que fogem de conflitos e instabilidade em outras regiões da África e do Oriente Médio.