19.5 C
Brasília
HomeMundoMaior celebração do islamismo terá toque de recolher este ano

Maior celebração do islamismo terá toque de recolher este ano

Países muçulmanos devem aumentar as medidas de controle do coronavírus no feriado Eid-al-Fatr

Islamismo: feriado religioso de três dias será celebrado de outra forma por conta do coronavírus (/)

O mundo islâmico celebra neste final de semana o Eid-al-Fatr, feriado religioso de três dias em que as famílias e amigos fazem grandes comemorações e as crianças ganham presentes. Este ano, a celebração será bem diferente.

Na Arábia Saudita, o governo já determinou que haverá um toque de recolher à noite para evitar que as pessoas saiam de casa. No Egito, os fiéis deverão estar em casa pontualmente às 17h e não poderão sair até a manhã do dia seguinte. O presidente Recep Erdogan, da Turquia, anunciou que será implantado um lockdown em todo o país durante o Eid-al-Fatr.

O objetivo é evitar um súbito aumento na propagação do coronavírus. Na Turquia, já há mais de 153.000 casos registrados. Na Arábia Saudita, a covid-19 já atingiu mais de 65.000 pessoas. A maior preocupação, agora, é manter as pessoas em casa durante uma das maiores celebrações do mundo islâmico.

O Eid al-Fatr (“feriado da quebra do jejum”, em árabe) marca o fim do Ramadã, o período de quatro semanas em que os fiéis jejuam e se dedicam a práticas espirituais destinadas a uma maior aproximação com o profeta Maomé, o fundador da religião islâmica. A data de início do Ramadã e do Eid-al-Fatr é definida pela chegada da lua crescente. Por isso, pode ter pequenas variações de país para país.

Este ano, o feriado deve começar a ser celebrado no sábado, 23, na maior parte do mundo islâmico. As comemorações, a portas fechadas, devem ir até segunda, 25, ou terça, 26. Para impedir aglomerações, quase todas as mesquitas estarão fechadas. Na Arábia Saudita, as duas mesquitas de Meca e Medina, os polos mais importantes do islamismo, não abrirão as portas.

Em Jerusalém, a mesquita Al-Aqsa, construída por volta do ano 700 depois de Cristo e a terceira mais importante da religião muçulmana, também não vai receber os fiéis este ano. A expectativa é que pelo menos ela possa reabrir de forma escalonada depois do feriado. “Estamos estudando todos os detalhes para não quebrar as regras de saúde pública”, disse Omar al-Kiswani, diretor da mesquita, à agência AFP. Mas, neste Eid, as preces serão feitas em casa.

 

Veja Também