Chuva de meteoros Orionídeos, formada por detritos do Cometa Halley, será visível a olho nu e terá seu ápice na madrugada de sábado para domingo
Na madrugada deste sábado para domingo, será possível acompanhar a chuva de meteoros Orionídeos, formada por detritos do Cometa Halley. As estrelas cadentes poderão ser vistas de todo o mundo, e o período de transição de Lua nova para crescente deve facilitar a observação dos fragmentos. No Brasil, o melhor momento para acompanhar o fenômeno é previsto para às 2h.
O especialista recomenda que os interessados em acompanhar o espetáculo visual, independentemente do país, procurem as áreas rurais e isoladas, e evitem os espaços urbanos, pois a luz e todo tipo de poluição visual impossibilitam a visão do fenômeno. Astrólogos recomendam que a observação seja feita a olho nu, pois binóculos e lunetas limitam o campo de visão. Ao contrário de anos anteriores, a NASA não fará a transmissão ao vivo da chuva dos Orionídeos.
Chuvas de meteoros são fenômenos anuais que acontecem quando a Terra atravessa uma região que já foi trajeto de um cometa. Isso porque, ao se aproximar do Sol, o cometa perde matéria e deixa um rastro pelo caminho. Quando essa poeira entra na atmosfera da Terra, as partículas ganham alta velocidade e produzem luz.
A chuva dos Orionídeos é formada pela matéria que o cometa Halley deixou para trás em suas passagens pelo planeta a cada 75,3 anos – a última aconteceu em 1986 e a próxima será em 2061. Outros fenômenos de detritos do cometa, o único de curto período visível a olho nu da Terra, incluem a chuva de meteoros Eta Aquáridas, que ocorre anualmente entre abril e maio.
Estima-se que entre 20 e 25 meteoros sejam registrados por hora durante o pico da chuva dos Orionídeos, cujo nome tem origem na sua fonte, a constelação de Órion. O fenômeno neste ano passa longe de suas estimativas mais altas, de 70 a 80 fragmentos/hora, mas terá uma taxa acima das mínimas já registradas, de 10 a 15 estrelas cadentes no mesmo período de tempo, disse Bill Cooke, astrólogo da NASA, em entrevista à revista americana Newsweek.