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Linha 6-Laranja do Metrô de SP será entregue com um ano de atraso

Linha-6 ligará Brasilândia (Zona Norte) à região central. Secretário atribui atraso para 2021 por falta de repasses federais.

 

O secretário de Transportes Metropolitanos Clodoaldo Pelissioni e o governador Geraldo Alckmin durante inauguração do canteiro de obras da estação João Paulo I da Linha 6-Laranja do Metrô (Foto: Tatiana Santiago/G1)

Prometida para ser entregue em 2020, a Linha 6 – Laranja do Metrô de São Paulo ficará pronta com um ano de atraso.

“Ela [linha] será entregue o mais rápido possível. Agora, nós começamos praticamente no ano passado. Geralmente são seis anos de obra. Se começou em 2015 [será entregue em] 2021”, afirmou o governador Geraldo Alckmin (PSDB) na manhã desta quarta-feira (22) durante início das obras da estação João Paulo I.

O secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, responsabilizou o governo federal pelo atraso.

“Nós tivemos por conta de um ano de atraso no recebimento do financiamento federal, da Caixa Econômica Federal, um pequeno atraso no pagamento das desapropriações”, afirmou. Ele ressaltou que a concessionária Move tem interesse em entregar ainda em 2020, mas a data oficial de entrega e operação da linha ficou para o início de 2021.

A linha vai ligar o bairro da Brasilândia, na Zona Norte, até a estação São Joaquim, da Linha 1- Azul, no Centro da capital paulista. Mais de 600 mil passageiros devem circular pela linha diariamente. A obra da linha teve início em abril de 2015.

Polêmica
Em 2011, o projeto da Linha foi alvo de polêmica após alguns moradores de Higienópolis se posicionarem contra a localização da Estação Angélica. Uma das moradoras chegou a dizer que a estação traria “gente diferenciada” para o bairro.

Trajeto
O trajeto terá 15,9 km incluindo pátios e 15 estações: Brasilândia, Vila Cardoso, Itaberaba – Hospital Vila Penteado, João Paulo I, Freguesia do Ó, Santa Marina, Água Branca, Pompéia, Perdizes, Cardoso de Almeida, Angélica – Pacaembu, Higienópolis – Mackenzie, 14 Bis, Bela Vista e São Joaquim. O governo projeta que 29 trens irão atuar ao longo do percurso. Ela fará conexão com outras linhas da CPTM e do Metrô, com a Linha 4-Amarela.

O percurso entre Brasilândia e São Joaquim, que hoje é feito em 90 minutos, passará a ser feito em 23 minutos.

O investimento previsto para a linha é de R$ 9,69 bilhões – metade disso sairá dos cofres do estado e a outra metade pelo consórcio que venceu a licitação.

Linha 17-Ouro
As obras das estações Campo Belo (integrada com a Linha 5-Lilás do Metrô), Vila Cordeiro e Chucri Zaidan, do monotrilho da Linha 17-Ouro, que ligam o aeroporto de Congonhas ao bairro do Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, foram retomadas nesta segunda-feira (20). A construção das estações estava paralisada desde o ano passado e os canteiros ficaram abandonados, cheios de lixo e usuários de drogas.

“A obra das estações da Linha 17 foi retomada ontem. Já temos cem funcionários novos lá, estamos fazendo toda a limpeza do canteiro, liberando as pistas para o trânsito”, afirmou o secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni.

O contrato com o consórcio TIDP, formado pelas empresas Tiisa-Infraestrutura e Investimentos S/A e DP Barros Pavimentação e construção LTDA, foi assinado em abril deste ano.

Quando estiverem prontas e em operação, as estações Campo Belo, Vila Cordeiro e Chucri Zaidan devem receber 80 mil passageiros diariamente, com a Linha 17-Ouro operando de Congonhas/Jardim Aeroporto ao Morumbi-CPTM.

O pátio do monotrilho, que era construído por outra empresa, já que a concessão foi dividida em lotes, também será assumido pelo grupo Tiisa. A segunda colocada do pátio era a empresa Mendes Junior, mas após ser considerada inidônea não pode assumir a obra “A terceira colocada do grupo Tiisa manifestou o interesse em assumir a obra. Nós imaginamos em um prazo de 30 dias ter o contrato assinado, para até o final de julho retomar as obras do pátio”, declarou o secretário.

Obras do monotrilho da linha 17-Ouro do Metrô na avenida Washington Luis, próximo ao Aeroporto de Congonhas (Foto: Nelson Antoine/Framephoto/Estadão Conteúdo)

Histórico
No começo do ano, o Metrô rescindiu contratos com os consórcios responsáveis pela obra porque os canteiros foram abandonados, segundo a companhia. O Metrô disse que notificou várias vezes as empresas para retomarem os trabalhos, mas que, mesmo assim, o consórcio desacelerou o ritmo das obras e não cumpriu os prazos estabelecidos. Já a Andrade Gutierrez disse em comunicado que quem atrasou foi o Metrô e que ajuizou ação para rescindir as obras em dezembro do ano passado.

O consórcio TIDP ficou em terceiro lugar na licitação aberta pelo Metrô para a construção desse trecho do monotrilho e também já está construindo as estações Vereador José Diniz, Brooklin Paulista, Jardim Aeroporto e Congonhas, todas da mesma linha. O segundo colocado na licitação foi procurado pela companhia, mas não teve interesse em assumir a obra, de acordo com o Metrô.

Estações
Orçado em cerca de R$ 74 milhões, o contrato contempla as obras civil bruta, de acabamento, comunicação visual, hidráulica e paisagismo das três estações que compõem o lote 2 da linha. A previsão é que as obras sejam entregues em 17 meses após a assinatura do contrato.

Extremos
Inicialmente, o monotrilho da Linha 17-Ouro previa atender extremos da cidade, como a ligação entre o Aeroporto de Congonhas e a Estação Jabaquara, ou o trecho até a futura estação São Paulo-Morumbi, da Linha 4-Amarela do Metrô.

Em agosto do ano passado, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) já tinha mandado congelar 17 das 36 estações inicialmente previstas da linha na Zona Sul da capital. À época, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos disse que a prioridade era “concluir os trechos que já possuem obras avançadas antes de abrir novas frentes de trabalho”

 

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