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‘Lealdade é uma coisa que ele deveria aprender’, diz Haddad sobre Doria

Considerado um possível plano B do PT, caso o ex-presidente Lula não possa concorrer no ano que vem, o petista está na sede do Twitter Brasil esta manhã para uma sessão de perguntas

 

O  petista está na sede do Twitter Brasil
O petista está na sede do Twitter Brasil

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) não tem sido leal sequer com seu padrinho político, o governador Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira (10/10) o ex-prefeito da cidade, Fernando Haddad (PT).

Considerado um possível plano B do PT, caso o ex-presidente Lula não possa concorrer no ano que vem, o petista está na sede do Twitter Brasil esta manhã para uma sessão de perguntas em respostas com usuários da rede social. A declaração foi dada quando ele respondia a uma pergunta sobre um possível rombo de R$ 7 bilhões deixado por sua gestão para seu sucessor.
“Infelizmente o Doria não tem sido muito leal comigo – o que também não é novidade, porque não tem sido leal sequer com Alckmin. Acho que lealdade é uma coisa que ele deveria aprender”, disse o petista. “Tem o Tribunal de Contas que já aprovou as minhas contas e a demonstração do superávit está no relatório final aprovado. Deixei R$ 5,5 bilhões em caixa. Desses R$ 5,5 bilhões, R$ 2,2 bilhões comprometidos e R$ 2,3 bilhões de superávit, sendo R$ 300 milhões livre para ele fazer o que quisesse no dia 2 de janeiro de 2017. Então consulte o Tribunal de Contas e aí você vai julgar quem está mentindo e quem está falando a verdade.”

Pouco antes, incitado por outro usuário a comentar sobre a gestão do tucano, Haddad disse que era “deselegante” falar sobre o trabalho de seu sucessor, mas que fez a melhor transição de governo que pôde. O petista salientou, no entanto, que os dois têm “visões diferentes” de mundo e que esperava que os cidadãos paulistanos possam enxergar suas decisões à frente da prefeitura “com ânimos menos aflorados”.
Candidato à reeleição em 2016, Haddad ficou em segundo lugar com 16,70% dos votos, enquanto Doria, navegando no antipetismo e no clima pós-impeachment da presidente Dilma Roussef, se elegeu em primeiro turno com 53,29%. Foi a primeira vez que São Paulo não teve segundo turno desde a redemocratização.
Questionado se pretende concorrer a outro cargo em 2018, Haddad comentou apenas que tirou o ano de 2017 para estudar porque o “desafio de 2018 precisa de reflexão aprofundada” sobre o que está acontecendo no mundo e no Brasil. “Vamos ver o que 2018 nos reserva”, disse.
O ex-prefeito também minimizou as chances de sair como vice na chapa de Ciro Gomes (PDT). “Meu partido trabalha com a possibilidade concreta da candidatura Lula e não está discutindo nenhuma alternativa a isso nesse momento. Tenho muito apreço pelo Ciro, mas o PT está em outra direção nesse momento.”
Haddad também respondeu a quem mandaria um “recadinho”, uma referência ao vídeo do final de semana em que Doria rebateu as críticas do vice-presidente do PSDB, Alberto Goldman. “Meu recadinho vai para o Alberto Goldman. Depois de amanhã, ele faz 80 anos, uma bela idade. Parabéns, governador.”
A decisão de Doria de publicar vídeo nas redes sociais em resposta a Goldman, no fim de semana, foi considerada um erro por auxiliares e aliados do tucano. Na gravação, o ex-governador é chamado de “fracassado” e “improdutivo”. “Hoje meu recadinho vai para você, Alberto Goldman, que viveu sua vida inteira na sombra de Orestes Quércia e do José Serra. Você coleciona fracassos na sua vida e agora vive de pijamas na sua casa”, disse o tucano.
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