A taxa média cobrada nessa modalidade chegou a 31,8,4%, a maior desde 1994, segundo dados do Banco Central
O juro médio cobrado no cheque especial fechou julho em 318,4% ao ano, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta quinta-feira. É a maior taxa para essa modalidade desde o início da série histórica, em 1994. No mês anterior, junho, a taxa era de 315,7% ao ano, e há um ano, em julho de 2015, de 246,9%
Já o juro do crédito rotativo no cartão de crédito, que é aquele aplicado quando a fatura não é paga integralmente, ficou em 470,7% ao ano. Apesar do segundo mês de queda consecutiva, o valor é apenas 0,8 ponto percentual abaixo do recorde para essa modalidade, que atingiu 471,5% em maio.
Endividamento
O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro permaneceu em 43,7% de maio para junho. O Banco Central começou a fazer o levantamento em janeiro de 2005. O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses e incorpora os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (PNAD) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento apresentou uma baixa em junho, ficando em 24,9% da renda anual. Em maio, estava em 25,0%.
Ainda segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) subiu de maio (22,5%) para junho (22,7%). Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda passou de 20,0% em maio para 20,1% em junho.
(Com Estadão Conteúdo)