O fenômeno é o segundo do tipo no mês – o astro pode parecer até 30% maior e 14% mais brilhante do que o normal
Mais uma superlua está chegando para iluminar os céus de janeiro – desta vez, no dia 31, último dia do mês. O mesmo fenômeno também apareceu na noite de 1º de janeiro, tornando as boas-vindas a 2018 ainda mais especiais. O espetáculo do fim do mês deve ser visto em todo o Brasil.
Eventos de superlua ocorrem quando a Lua encontra-se no perigeu, que é o ponto da sua trajetória mais próximo da Terra. Durante sua passagem, o astro pode parecer até 30% maior e 14% mais brilhante do que o normal. Além disso, o fenômeno promete ser ainda mais especial desta vez, pois é a segunda Lua cheia do mês. Quando isso acontece, ela passa a ser chamada de Lua Azul. E, embora ela não vá ficar fisicamente azul, é interessante notar que esse fenômeno é relativamente raro – astrônomos acreditam que, depois dessa, a próxima Lua Azul só vai aparecer em 2020.
Se o fenômeno celeste já promete um espetáculo incrível aqui no Brasil, no Hemisfério Norte as expectativas são ainda mais altas. Isso porque, além de uma “Superlua Azul”, eles ainda poderão ver um eclipse lunar total (quando a Lua é totalmente encoberta pela sombra da Terra) e a chamada “Lua de sangue”, fenômeno no qual o astro adquire uma coloração avermelhada.
“A ‘Lua de sangue’ é um efeito gerado pela luz do Sol em nossa atmosfera”, explica o astrônomo Daniel Mello, do Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Segundo ele, esse tipo de evento só acontece quando há um eclipse lunar. Durante esse fenômeno, a Terra está posicionada entre o Sol e a Lua – por isso, os feixes de luz acabam atravessando a nossa atmosfera antes de incidir na Lua e, devido à presença dos gases, deixam ela com um aspecto avermelhado. Mas, como não haverá eclipse aqui no Brasil, a Lua de sangue também não poderá ser vista em território nacional.
Mesmo assim, ainda é possível admirar a superlua, que será a última do ano. Mello afirma que o astro pode ser observado a olho nu – como ele vai estar bem grande, é possível que enxerguemos mais detalhes do que o habitual – ou, ainda, com binóculos ou telescópios.