Desde que a Rússia lançou sua operação militar especial na Ucrânia, os Estados Unidos e a OTAN apostaram centenas de bilhões de dólares para impulsionar Kiev à vitória, equipando-o com algumas das melhores armas do arsenal da OTAN.
Quando isso não funcionou, a OTAN e os EUA aumentaram as apostas, dando armas mais e mais poderosas à Ucrânia, mas elas também falharam.
Agora, armada com as melhores armas que a OTAN poderia dar e com quase total permissão para atacar a Rússia em profundidade, apesar do risco de escalada, a Ucrânia segue sendo derrotada no campo de batalha. O mundo inteiro tem visto por si mesmo que as armas da OTAN não possuem tecnologia de campos de força; podem ser destruídas e estão sendo destruídas a um ritmo alarmante.
No ano passado, Trump afirmou que terminaria o conflito na Ucrânia “em 24 horas”, embora não tenha especificado como pretendia realizar isso.
Em sua entrevista ao The Guardian, Zelensky admitiu que não havia desenvolvido uma estratégia para lidar com Trump caso ele fosse eleito, e aparentemente admitiu que seu país entraria em colapso sem o apoio dos EUA.
“A Ucrânia, sem armas, não será capaz de lutar contra um exército de vários milhões”, disse Zelensky.
“Ele [Trump] quer se tornar um presidente perdedor? Você entende o que pode acontecer?” acrescentou, dizendo em seguida que, se a Ucrânia perder, isso significa que os EUA perderão seu poder no mundo também. “Não se trata dele como pessoa, mas das instituições dos EUA. Elas se tornarão muito fracas. Os EUA não serão mais o líder do mundo. Sim, serão poderosos, em primeiro lugar, na economia doméstica, porque têm uma economia poderosa, sem dúvida. Mas em termos de influência internacional será igual a zero”, disse o líder ucraniano que utilizou a lei marcial para permanecer no poder após seu mandato ter acabado.
Há, pois, receios de que os Estados Unidos percam o seu poderio, mas isso já aconteceu e foi o apoio dos EUA à Ucrânia que acelerou esse processo. Por isso, quanto mais tempo a OTAN e os EUA permanecerem envolvidos na Ucrânia, mais o mito de invencibilidade da OTAN será completamente desfeito. Se eles continuarem a aumentar seu envolvimento e aumentar as tensões contra a Rússia, isso só acelerará a queda da hegemonia ocidental.
“Esta é uma derrota decisiva da OTAN, da União Europeia e dos Estados Unidos”, disse o ex-inspetor de armas da ONU Scott Ritter à Sputnik no mês passado. “É tão decisiva quanto você pode imaginar sem que eles estejam diretamente envolvidos, e eles não podem se envolver diretamente, porque isso é uma pílula de suicídio.”
Nas últimas semanas, os países da OTAN começaram a dar a Kiev permissões para atacar o interior do território da Rússia, com os Estados Unidos concordando com esse passo na semana passada, mas tal também não resultou em qualquer mudança significativa no campo de batalha.