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Inflação tem alta de 0,42% em outubro, puxada pela energia

Com 2,21% de elevação entre janeiro e outubro, índice é o mais baixo no período desde 1998 (1,44%)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro registrou alta de 0,42%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No mês anterior, a inflação subiu 0,16%. No ano, o índice acumulou alta de 2,21%, bem abaixo dos 5,78% de igual período do ano passado – foi a menor alta acumulada para o período desde 1998 (1,44%).

Em outubro, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete apresentaram variação positiva. Entre eles, destaca-se o grupo habitação, com 1,33% de variação. A conta da energia elétrica, que ficou em média 3,28% mais cara, foi uma dos principais responsáveis pelo resultado – em 1º de outubro entrou em vigor a bandeira tarifária vermelha, com cobrança adicional de 3,50 reais a cada 100 Kwh consumidos.

Ainda no grupo habitação, o gás de botijão registrou variação de 4,49%, reflexo do reajuste médio nas refinarias de 12,90% no preço do gás de cozinha vendido em botijões de 13kg, em vigor desde 11 de outubro.

Os grupos de alimentação e bebidas (-0,05%) e artigos de residência (-0,39%) apresentaram sinal negativo, ou seja, ficaram mais baratos para o consumidor. Entretanto, a queda nos preços de alimentos foi bem menos intensa do que a registrada em setembro (-0,41%). Nos últimos 12 meses, a variação acumulada do grupo é de -2,14%. Durante sete meses de 2017 o grupo de alimentos apresentou variação negativa.

Os alimentos para consumo em casa passaram de -0,74% em setembro para -0,17% em outubro, com destaque para a batata-inglesa (que foi de -8,06% em setembro para 25,65% em outubro) e o tomate (de -11,01% em setembro para 4,88% em outubro). Por outro lado, outros produtos ficaram mais em conta: o feijão-mulatinho (-18,41%), o alho (-7,69%), o feijão-carioca(-3,29%), o açúcar cristal (-3,05%), o leite longa vida (-2,99%) e o arroz (-1,14%).

Já a alimentação fora apresentou alta de 0,16%, com as regiões pesquisadas indo de -1,46%, no Rio de Janeiro, até 2,55%, em Belém.

No grupo artigos de residência, a queda de 0,39% foi impulsionada, principalmente, pelos eletrodomésticos (-1,10%).

Há três semanas, o IBGE havia divulgado a prévia da inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que registrou alta de 0,34% para outubro – o menor acumulado para o mês desde 2006, quando o resultado foi de 2,22%.

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