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Indústrias de Birigui entram na luta contra o mosquito Aedes aegypti

Centro de Zoonoses treinou 120 pessoas de 51 empresas para o combate. Duas pessoas morreram por causa da dengue na cidade.

 Centro de Controle de Vetores e Zoonoses de Birigui treinou 120 pessoas de 51 empresas para combater o mosquito (Foto: Reprodução/TV TEM)
Centro de Controle de Vetores e Zoonoses de Birigui treinou 120 pessoas de 51 empresas para combater o mosquito (Foto: Reprodução/TV TEM)
Mais de 2,8 mil pessoas foram infectadas e duas morreram por causa da dengue em Birigui (SP). A situação, que levou a cidade a decretar calamidade, preocupa a população e vários setores da economia. Um deles, o mais expressivo no município, entrou na briga contra o Aedes aegypti: a indústria. O setor tem desenvolvido ações para ajudar no combate ao mosquito.
O Centro de Controle de Vetores e Zoonoses de Birigui treinou 120 pessoas de 51 empresas para combater o mosquito. Um exemplo é uma fábrica de móveis onde trabalha o técnico em segurança do trabalho Altamir Clementino da Silva. A função dele é garantir a segurança dos funcionários em todos setores da empresa e, além disso, ele se tornou coordenador de combate ao mosquito Aedes aegypti.

Na nova função ele também fica em cima. Água parada não tem vez. Em alguns aparelhos de ar condicionado a água já não fica mais empoçada no chão, os canos levam a água para a rua. Sempre quando chove eles percorrem toda a fábrica para evitar os criadouros. “Onde tiver possibilidade de ter foco do mosquito da dengue a gente verifica e elimina, como se houver água empoçada em tambores, a gente vira e elimina essa água”, diz Altamir.

 O educador em saúde pública Marcos Sanches diz que as empresas mandam os representantes e eles voltam para a empresa com visão global e diferenciada. “Eles são capacitados para agir como se fossem agentes do Controle de Vetor, conseguindo captar onde tem recipiente que possa ser criadouro em potencial”, afirma.

Uma fábrica de calçados também participa da iniciativa, mas a preocupação com o Aedes começou há cinco anos e foi nos climatizadores que eles encontram o maior problema. Cada aparelho armazena mais de 150 litros de água e quando a fábrica ficava parada o mosquito fazia a festa

A técnica em segurança do trabalho Sabrina Campos Merenca diz que antes havia muitos focos de larvas. “Nós abrimos os climatizdores e vimos que estava cheio de larvas, então buscamos pastilhas de cloro e percebemos que isso acabou com os pernilongos”, diz.

Além do trabalho de prevenção nos climatizadores, outras ações são feitas como a pulverização dentro e fora da fábrica. Nos murais sempre há informações sobre o que o mosquito pode fazer com as pessoas. Ações importantes para a saúde do funcionário e da empresa. Isso porque só neste ano 21 pessoas ficaram afastadas porque pegaram dengue na fábrica.

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