Serviço chegou a ser prometido para a Copa de 2014.
O secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, já admite que o monotrilho que é construído na Zona Sul de São Paulo, ligando o aeroporto de Congonhas à Marginal Pinheiros, deverá funcionar apenas com operação assistida em 2018. Isso significa que os trens deverão operar inicialmente apenas em parte do dia, possivelmente em intervalos de menor fluxo.
O ano de 2018 foi um dos vários prazos dados pelo governo de São Paulo para a entrega do empreendimento, que chegou a ser anunciado para a Copa de 2014. As obras atrasaram e começaram apenas em 2011, fazendo o governo prometer a entrega para 2014, mas depois da Copa. Depois, o governo mudou a data prevista para 2017 e, finalmente, para 2018.
“Em 2018 ainda a gente quer ter trens sendo testado, pelo menos trens sendo testados, pelo menos operação assistida, com as obras já concluídas”, afirma Clodoaldo Pelissioni. A operação comercial, ou seja, durante todo o dia, é uma “possibilidade”, segundo o secretário. “Vamos trabalhar para isso”.
A operação assistida também foi adotada no trecho já inaugurado do monotrilho da Zona Leste, a Linha 15-Prata. A linha fucinonou em horário reduzido por cerca de um ano, entre 2014 e 2015, no trecho entre as estações Oratório e Vila Prudente.
Atrasos
Diversas paralisações na construção da Linha 17, das estações e do pátio de manobras dificultaram o andamento da obra. Após mais de um semestre de paralisações, o Metrô conseguiu retomar em junho a construção das estações Campo Belo (integrada com a Linha 5-Lilás do Metrô), Vila Cordeiro e Chucri Zaidan, todas parte da Linha 17-Ouro.
A construção do pátio do monotrilho, que teve o contrato rescindido pelo Metrô no começo do ano, deverá ser retomada até o final do mês, segundo Clodoaldo Pelissioni. O Metrô afirma que a empresa descumpriu prazos. Já o consórcio que tocava a obra culpou a companhia estadual pelo não cumprimento de prazos.
Extremos
Inicialmente, o monotrilho da Linha 17-Ouro previa atender extremos da cidade, como a ligação entre o Aeroporto de Congonhas e a Estação Jabaquara, ou o trecho até a futura estação São Paulo-Morumbi, da Linha 4-Amarela do Metrô.
Em agosto do ano passado, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) já tinha mandado congelar 17 das 36 estações inicialmente previstas da linha na Zona Sul da capital. À época, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos disse que a prioridade era “concluir os trechos que já possuem obras avançadas antes de abrir novas frentes de trabalho”