Escalada de tensão diplomática entre China e Estados Unidos pressionam bolsas globais, após Pequim mandar fechar consulado americano
A bolsa brasileira abriu em queda, nesta sexta-feira, 24, acompanhando as desvalorizações dos mercados internacionais, conforme escalam as tensões sino-americanas. Nesta sexta-feira, a novela ganhou um novo capítulo, após a China mandar fechar o consulado americano em Chengdu, como retaliação ao fechamento de seu consulado em Houston.
Às 10h15, o Ibovespa, principal índice de ações, recuava 0,88% para 101.391 pontos.
Entre os investidores, há o temor de que a briga diplomática tenha impacto negativo na economia global, com possíveis sanções comerciais de ambos os lados e ameaças ao acordo comercial selado no início do ano.
Ontem, em entrevista coletiva na Casa Branca, o presidente Donald Trump afirmou que o acordo com a China, agora, significa “muito menos” do que antes da pandemia, voltando a acusar o país asiático de ter disseminado o coronavírus no mundo de forma deliberada.
“O mercado está meio em dúvida sobre como isso vai evoluir daqui para frente”, disse Bruno Lima, analista de renda variável da Exame Research.
Para Lima, o embate entre as duas potencias tem sido alimentado pelo desejo do presidente Trump agradar seus eleitores, o que deve fazer com que a tensão se estenda, pelo menos, até as eleições americanas. “O Trump deve seguir tentando conversar mais com seu eleitorado, até porque as pesquisas apontam um certo favorecimento para o lado do partido Democrata.”