De acordo com o Instituto, o levantamento tem o custo total previsto em R$ 2 bilhões
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) afirmou que o atual texto do Orçamento da União de 2021 pode inviabilizar a realização do Censo demográfico. Segundo o órgão, o Censo tem o custo total previsto em R$ 2 bilhões. O relator do tema no Congresso, Márcio Bittar, propôs a exclusão de R$ 1,76 bilhões do montante solicitado. O parecer libera apenas R$ 1,91 milhões com outros 50 milhões condicionados a liberação de crédito suplementar pelo parlamento. A proposta deve ser votada nesta terça-feira, 23, pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso e na quarta-feira, 24, pelo plenário — em sessão conjunta com deputados e senadores.
Em nota, o IBGE fez um apelo para que os parlamentares alterem o texto, afirmando que “o País necessita das informações geradas pelo Censo, que são essenciais para subsidiar políticas públicas em diversas áreas, especialmente em um contexto de pandemia”. Uma carta assinada por oito ex-presidentes do IBGE também faz um apelo para que o Congresso restabeleça as verbas para o Censo e “não deixe o país às cegas”. Segundo o documento, sem o recenseamento, o Brasil se juntaria a “estados falidos ou em guerra que estão há mais de 11 anos sem informação estatística adequada para apoiar suas políticas econômicas e sociais”. A previsão do Instituto é que o Censo comece no dia 1º de agosto.