Marcos Aurélio Rodrigues foi esfaqueado por jovem de 26 anos, que ameaçava avó, de 91 anos. Imagens mostram vítima chegando ao apartamento acompanhado pelos policiais; g1 aguarda resposta da corporação.
Câmera registrou tio acompanhado de PM’s antes de morrer, na Octogonal 4, no DF — Foto: Câmera de segurança/reprodução
A família de Marcos Aurélio Rodrigues, de 56 anos, diz que houve negligência da Polícia Militar do Distrito Federal ao conduzir a ocorrência que resultou na morte do servidor público. Ele homem foi assassinado a facadas, na quinta-feira (15), pelo sobrinho, de 26 anos, na frente de três PMs (veja vídeo acima).
“Temos certeza que houve negligência da Polícia Militar, ao deixar meu marido subir com uma barra [de ferro] para ser esfaqueado brutalmente pelo sobrinho”, diz a mulher de Marcos, Mara Maciel
O servidor público foi ao apartamento da mãe dele, na área Octogonal, em Brasília,onde o sobrinho Wilker Maia Santos, estaria ameaçando a avó, de 91 anos. De acordo com a Polícia Militar, no momento em que Wilker abriu a porta do apartamento, Marcos Aurélio – que carregava uma barra de ferro – “partiu para cima dele”. O sobrinho, que estava armado com uma faca, golpeou a vítima que morreu na hora (saiba mais abaixo).
“Ele morreu de forma trágica e vamos procurar por justiça”, diz Mara.
A reportagem entrou em contato com a PMDF e questionou sobre a suposta negligência, apontada pela família do servidor público. No entanto, a corporação não respondeu até a última atualização desta publicação.
Mara Maciel e Marcos Aurélio Rodrigues; homem foi morto por sobrinho na Octogonal, no DF — Foto: Arquivo pessoal
O servidor público Marcos Aurélio Rodrigues morava no Guará, e deixa dois filhos adultos. O sobrinho dele está preso e vai responder pelo crime de homicídio.
Câmeras mostram chegada da vítima acompanhada por 3 PMs
Câmeras de segurança do condomínio registraram o momento em que Marcos chegou na casa da mãe. Ele segurava uma barra de ferro e estava acompanhado por três policiais militares.
Segundo o síndico do prédio, Wilker estava proibido de frequentar a casa da avó e morava na rua, em função do uso de drogas. Mas a avó havia permitido que o jovem fosse ao apartamento, para tomar banho.
As imagens mostram que Wilker chegou por volta das 7h30 de quinta-feira (15). Às 8h55, o tio entrou no condomínio, acompanhado pelos três militares.
As 9h10, ou seja, 15 minutos depois, o sobrinho do servidor público aparece detido, após esfaquear e matar Marcos na frente dos PMs. O porta voz da PMDF, Major Raphael Broocke, explicou à TV Globo, na quinta-feira, o motivo de os policiais não terem impedido as facadas.
“Segundo os policiais, quando o sobrinho agressor abriu a porta, de imediato o tio foi entrando, já partindo ali pra vias de fato, para o combate corpo a corpo, e o sobrinho, o agressor, estava com uma faca. Aí desferiu essas facadas no tio, que foram mortais. Os policiais não conseguiram tempo para impedir as facadas”, disse o major.
Homem mata tio a facadas na Octogonal, no DF, nesta quinta-feira (15) — Foto: PMDF/Reprodução
Conforme Broocke, “o procedimento em violência doméstica é não sacar arma, a não ser que seja uma situação que está pondo em risco alguma vítima, que tá acontecendo uma violência imediata”. Segundo o major, durante a ocorrência, os militares planejavam abrir a porta e negociar com o jovem, fazendo com que ele saísse do apartamento.
Depois de matar o tio, Wilker foi contido pelos militares e preso. A faca usada no crime também foi apreendida.